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Native Brazilian Music - Leopold Stokowski

Varios Intérpretes (Varios Estilos)
Disques: Música popular brasileña años 30-40

Available now

31,04 € TTC

Fiche technique Disques

Timbre Columbia
Style Música popular brasileña años 30-40
Année de l'enregistrement 1940
Année d'origine Édition 1942

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Interpretaciones de: Cartola (Angenor de Oliveira); Donga (Ernesto Joaquim Maria dos Santos); Jararaca (José Luis Rodrigues Calazans) & Ratinho (Severino Rangel de Carvalho); João da Baiana (João Machado Guedes); Luiz Americano; Pixinguinha (Alfredo da Rocha Viana); Quarteto do Coral Orfeão Villa-Lobos; Zé da Zilda (José Gonçalves); Zé Espinguela (José Gomes da Costa).

Grabado a bordo del S.S. Uruguay, atracado en Rio de Janeiro, el 7 de agosto de 1940.

"O Tio Sam extraviou a nossa batucada. Após 70 anos de seu lançamento, as matrizes de Native Brazilian Music dormem nos arquivos da Sony Music.
Em 2012, completam 70 anos de lançamento do álbum Native Brazilian Music, que reúne, em dois volumes (contemplados em oito discos de 78 RPM), 16 faixas contendo 17 canções gravadas por grandes expoentes da música brasileira. Entre eles estavam Pixinguinha, Cartola, Donga, João da Bahiana, Zé Espinguela, Luiz Americano, Zé da Zilda e Jararaca e Ratinho. São, ao todo, 30 músicos ou mais que participaram das gravações. Os registros foram feitos em 1940, a bordo do navio S.S. Uruguay – o qual ficou atracado na Praça Mauá, Rio de Janeiro, durante dois dias. A iniciativa que levou à gravação desses registros foi parte da chamada “Política de Boa Vizinhança”, colocada em prática pelos Estados Unidos no período de aproximação diplomática com países da América Latina, no contexto da Segunda Guerra Mundial. No Brasil, o panorama político da época era o Estado Novo de Getúlio Vargas.

Native Brazilian Music teve como produtor e idealizador o renomado maestro Leopold Stokowski, e o time de músicos que tocaram no álbum foi arregimentado pelo maestro e compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos. Entusiasta da música brasileira, até então quase desconhecida pelo público norte-americano, Stokowski deu a Villa-Lobos a missão de juntar, no Rio de Janeiro, os melhores músicos populares daquele tempo para o registro das canções. Durante a noite do dia 7 de agosto de 1940, os músicos recrutados subiram a bordo do S.S. Uruguay, que foi equipado com estúdio de gravação da Columbia Records (adquirida em 1988 pela Sony Music Entertainment), gravadora também responsável por lançar o álbum em 1942 – somente nos Estados Unidos, porém. Durante a sessão foram registrados aproximadamente 40 fonogramas. Apenas 17 deles, todavia, foram editados em Native Brazilian Music. Sabe-se também que, desses registros, ainda há oito gravações sobreviventes que nunca foram lançadas. Permanecem, portanto, guardadas.

No Brasil, a primeira edição dos discos teve pouca (ou nenhuma) repercussão, pois eles nunca foram lançados nacionalmente. Mas as gravações no S.S. Uruguay, pelo contrário, receberam ampla cobertura jornalística na imprensa brasileira e ganharam destaque em jornais como O Globo, por exemplo, que, na edição de 8 de agosto de 1940, anunciou em manchete de capa: “Durante oito horas consecutivas, o famoso regente gravou perto de 40 músicas populares do Brasil”. O lançamento nos Estados Unidos, por sua vez, ganhou resenha publicada na revista Time.

Passados 70 anos, Native Brazilian Music continua sem lançamento oficial no Brasil e, em razão disso, a maioria dos músicos que tocou no álbum morreu sem nunca ter ouvido as gravações das quais participaram. Além disso, nenhum deles foi pago decentemente por elas. Cartola, por exemplo, recebeu 1.500 Réis –naqueles dias o suficiente apenas para comprar, como definiu o compositor, “três maços de cigarro baratos”. O dinheiro foi pago um ano e meio depois das gravações. Cartola ouviu “Quem me vê sorrir” –tida como a sua primeira gravação cantando– somente 20 anos após as sessões no Uruguay.

Native Brazilian Music possui inegável importância –histórica e cultural– para o Brasil. Mais do que patrimônio, é, sobretudo, um documento ímpar sobre o cancioneiro brasileiro e que os brasileiros, por sua vez, conhecem infimamente. Ou, melhor dizendo, nada conhecem. Em 2006, entretanto, as gravações feitas no navio Uruguay foram colocadas no Registro Nacional de Gravações da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos.

No começo dos anos 2000, a pesquisadora norte-americana Daniella Thompson contou a história sobre a gravação de Native Brazilian Music em uma série de artigos denominados “Stokowski Caçado”, que você pode ler aqui. Os textos são, provavelmente, a mais fidedigna fonte de estudo e informações a respeito dessa “saga fonográfica”. Daniella iniciou uma busca desenfreada pelos 40 fonogramas originais, os quais, em tese, deveriam estar guardados nos arquivos da Columbia, hoje pertencente à major Sony Music. A pesquisadora chegou a contatar a Sony em busca de pistas ou informações, sem, contudo, obter nenhuma resposta: “A gravadora nunca respondeu a meus pedidos de procura”, diz Daniella, acrescentando: “Em 2003, fiquei sabendo que 24 matrizes da sessão no S.S. Uruguay ainda estão guardadas nos cofres da Columbia/Sony”.
A expectativa é que as gravações originais sejam reintegradas ao patrimônio cultural do país e a guarda dos fonogramas fique sob tutela do Museu Villa-Lobos, no Rio de Janeiro. Também existe a possibilidade de finalmente lançá-los em terras brasileiras, mediante um esforço diplomático que vem sendo feito por meio da Embaixada do Brasil em Washington, nos Estados Unidos." Cristiano Bastos (Rolling Stone, Edición 74 - Noviembre de 2012)

Themes

CD 1
01
Macumba de Oxóssi
Donga - José Espinguela
Zé Espinguela e Grupo do Pai Alufá
02
Macumba de Iansã
Donga - José Espinguela
Zé Espinguela e Grupo do Pai Alufá
03
Ranchinho desfeito
Donga - De Castro e Souza - David Nasser
Mauro César & Pixinguinha
04
Caboclo do mato
Getúlio Marinho da Silva "Amor"
João da Bahiana & Janir Martins
05
Seu Mané Luiz
Donga
Zé da Zilda e Janir Martins
06
Bambo do bambu
Donga
Jararaca & Ratinho
07
Sapo no saco
Jararaca
Jararaca & Ratinho
08
Que quere que quê
João da Bahiana - Donga - Pixinguinha
João da Bahiana, Janir Martins & Pixinguinha
09
Zé Barbino
Pixinguinha - Jararaca
Pixinguinha & Jararaca
10
Tocando pra você
Luiz Americano
Luiz Americano
11
Passarinho bateu asas
Donga
Zé da Zilda, Pixinguinha e o Regional de Donga
12
Pelo telefone
Donga - Mauro de Almeida
Zé da Zilda, Pixinguinha e o Regional de Donga
13
Quem me vê sorrir
Cartola - Carlos Cachaça
Cartola e coro da Mangueira
14
Teiru / Nozani-ná
Tradicional / Heitor Villa-Lobos
Quarteto do Coral Orfeão Villa-Lobos
15
Cantiga de festa
Donga - José Espinguela
Zé Espinguela e Grupo do Pai Alufá
16
Canidé ioune
Tradicional - Heitor Villa-Lobos
Quarteto do Coral Orfeão Villa-Lobos