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In concert

Patricia Bastos
Disques: MPB Norte

Available now

31,90 € TTC

Fiche technique Disques

Timbre Independiente
Style MPB Norte
Année d'origine Édition 2004
Concert

En savoir plus

Patricia Bastos (voz)

Esdras de Sousa (saxo tenor, saxo soprano), Dilean Monper (teclados, samplers, arreglos, dirección), Rogério Alsan (guitarras), Denis Alsan (bajo), Del Gonçalves (batería), Arittanã (percusión), Dimisson Monper (coros).

Grabado "ao vivo" en el Teatro das Bacabeiras, en Macapá (Amapá), los dias 30 y 31 de enero de 2004.


"A igara de Patrícia Bastos: Vou logo dizendo que sou fã, de carteirinha e tudo; eu vi Patrícia pequenininha, pulando corda, brincando de bole-bole nas ruas da Favela, como não fazem mais as meninas de hoje em dia; muitas vezes sob olhar atento de uma normalista linda - morena de olhos negros e amendoados, tia da cantora, chamada Fátima Guedes, por quem me apaixonei na minha adolescência.
Ai, o tempo que leva tudo, um dia levou pra longe também a inocente paixão que me acompanhava pelas ruas de Macapá, de segunda a sexta-feira, saindo do portão do IETA, bem na hora marcada, para levá-la sã e salva ao finalzinho da antiga rua Leopoldo Machado, onde morava, no tempo em que o Trem era lá aonde o diabo perdeu o cachimbo; o longo trajeto fazia no guidão de velha bicicleta - garupa enfeitada com aquela belezinha vestida de normalista!
Mas, como dizia o poeta Zeca Serra, o tempo que leva também trás...Então beijei outros amores trazidos pelas marés da vida sopradas pelo tempo...Certo é que me alegrei, sofri, fiquei mais velho, enquanto a menininha que melava meus encontros com a tia crescia para se revelar uma mulher sensível, bonita que soltou a voz para cantar o nosso povo, nossas festas, os rios , os igarapés que nos cercam e a mata deste lugar cheio de riqueza e de vida ameaçadas por nós, os seres humanos.
Não precisava dizer porque já deu pra perceber...A estrela que sobe com tudo é Patrícia Bastos, que não é borboleta, tudo bem, mas vai deixando o casulo de uma carreira ainda curta, é verdade, para alçar vôos dignos de uma cantora que amadurece sem pressa, com a serenidade de quem sabe onde quer chegar, obstinada em viajar em sua igara por mares nunca antes navegados.

A certeza disso está na praça: "Patrícia Bastos Inconcert" descobre por inteiro o talento da cantora amapaense. O cd, que pode ser adquirido na Banca do Dorimar a R$ 25,00 (comprei dois, um pra mim, outro para presentear pessoa querida), vale mais que isso; vale a certeza de que Patrícia Bastos, sua voz belíssima e o seu novo cd cabem em qualquer lugar , sem nada dever ao que existe de melhor no mercado do disco, dentro ou fora do nosso País.
E nada foi por acaso. Patrícia Bastos foi bebiricar inspiração em fontes preciosas, trazendo para dentro do seu segundo cd, entre emergentes e velhos conhecidos, o que chamaria de um grupo especial de compositores da nossa terra: Zé Miguel, Enrico di Micelli, Finéias, Osmar Junior, Aroldo, Ademir Pedrosa, Renivaldo Costa, Joãozinho Gomes, Val Milhomen, Felipe Cordeiro, Paulo Moura e Dilean Monper - direção musical, arranjos, teclado e samplers.
Zé Miguel, talvez o mais plural e competente dentre os melhores compositores do Amapá, parece ter assumido de vez a preferência de Patrícia Bastos, que interpreta três canções de autoria do "Vida Boa", incluindo "Pólvora e Fogo", sucesso remanescente do primeiro cd; as demais faixas são "Até Mais" e "Pelas Frestas" , além da tradução de "Mistérios da Lua", alegre e surpreendente canção de despedida.

O cd é quase perfeito; reúne canções antológicas considerando tudo que foi produzido no Amapá, de uns tempos pra cá, como "Pedra de Mistério", "Jeito Tucuju", "Pólvora e Fogo" e "Igarapé das Mulheres", de arranjo novo e revistas pelo talento de Patrícia Bastos; ainda é importante o registro da tradição de um povo pulsando na percussão de Aritanã, nas lenientes batidas do marabaixo, em harmonia com o som do paraense Esdra de Souza e seu sax mágico perpassando as faixas mais fortes do cd.
Ainda vejo nessa estrela que sobe uma atitude audaciosa e oportuna, necessária, aliás, àqueles que são levados pra longe pela versatilidade da sua arte, ao incluir no novo cd "Bárbaro Soneto", de Ademir Pedrosa e Enrico di Micelli (um tango), "Vivere", de Cesário Andréa Bíxio, e "Just The Way You Are", de Billie Joel, nesta imprimindo performance que não é pra qualquer inglês ver, mas pra Rainha, se assim o quisesse, achar algum defeito, se possível!
Patrícia vem de uma família de artistas, de músicos, que é a união dos Bastos com os Guedes (quem não conhece o talento da mãe, a cantora Oneide Bastos, ou do tio, o poeta e artista plástico Luis Alberto Guedes?); além disso está cercada de profissionais competentes, razão pela qual o segundo cd da talentosa intérprete já chegou à Itália, ouvindo enternecida "Pólvora e Fogo" e "Até Mais", um prêmio à competência de gente do Amapá que se uniu para gerar um produto bem cuidado na sua embalagem, fotografia, texto e conteúdo.

É bom que se diga que os produtores do segundo cd de Patrícia Bastos, com apoio do marido, o cirurgião Alessandro Catena, apostando na carreira da mulher, tiveram acesso aos recursos que a tecnologia oferece nos dias de hoje, algo que custa cara, mas garante um resultado competitivo, capaz de mostrar a um público exigente uma intérprete nova e promissora, cujo canto se ergue sobre o rio e a floresta para visualizar o Brasil e o mundo.
Pena que a obra de Patrícia Bastos, e de outros grandes intérpretes da música amapaense, acabe encalhada nas discotecas das emissoras locais, que preferem abrir generoso espaço para a mulher da periquita e o seu gostosão; pena também que tanto talento não possua o condão de sensibilizar nossa classe dominante, patrimonialista e indiferente:gente que não valoriza a prata-de-casa, não vai ao cinema, não é chegada à leitura, e não gosta de música de boa qualidade.
Hilder Henrique C.Maciel - 18 de março de 2007 - denunciar abuso
lembrando que isso foi copiado integralmente do artigo do jornal,portanto qualquer erro de nomes,lugares e sobrenomes não são de minha responsabilidade,mas é um excelente artigo que descreve de forma minuciosa o enorme talento de Patrícia Bastos a definição de Igara foi bem legal caiu feito luva,o articulista e o jornal estão de parabéns." joão silva (Diário do Amapá)


já apresentou-se ao lado de nomes consagrados no cenário da música nacional como Leci Brandão, Vítor Ramil, Nilson Chaves, Lô Borges, Nico Rezende, Boca Livre, Lula Barbosa, sempre acompanhada por grandes violonistas como Aluísio Laurindo Jr., Sebastião Tapajós, Dante Ozzetti, Natan Marques e Manoel Cordeiro. Por meio do SESC, em 2010, Patrícia Bastos apresentou por toda a Amazônia Legal, a turnê Timbres e Temperos ao lado do músico e compositor Enrico Di Miceli e do poeta Joãozinho Gomes, com a direção de Dante Ozzetti. Fez shows de lançamento do disco “Eu Sou Caboca”, no Sesc Vila Mariana, em São Paulo. Em 2011, o projeto foi selecionado para o prêmio Itaú Rumos Cultural, e ganhou registro em DVD, bastante elogiado pela critica, que indicou Patrícia Bastos como uma das grandes vozes femininas do Brasil. Em 2013, recebeu o Prêmio Amapá em Destaque – Tucuju de Ouro como Artista Destaque do Ano.

Themes

CD 1
01
Jeito tucuju
Val Milhomem - Joãozinho Gomes
02
Igarapé das mulheres
Osmar Júnior
03
Pedra de mistério
Enrico De Micelli - Osmar Júnior
04
Júlia
Dilean Monper - Renivaldo Costa
05
Pólvora e fogo
Zé Miguel
06
Pelas frestas...
Zé Miguel
07
Até mais
Zé Miguel
08
Mosaico
Felipe Cordeiro - Paulo Moura
09
Vivere
Cezare Andrea Bixio
10
Bárbaro soneto
Ademir Pedrosa - Enrico De Micelli
11
Just the way you are
Billie Joel
12
Colibri
Finéias
13
Mistérios de lua
Zé Miguel
14
Mistérios de lua (Versão Dance) (Bonus)
Zé Miguel