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Eli Joory e Teresa Madeira - Tomara que chova

Maria Teresa Madeira
Discos: Clásica / Jazz / MPB

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Ficha técnica Discos

Selo	Delira Música
Estilo	Clásica / Jazz / MPB
Original Ano Edição	2010
Instrumental

Mais informações

Maria Teresa Madeira (piano)

Participación especial de: Alceu Reis (piano), Carlos Malta (flauta, saxo soprano), Ricardo Amado (violín).

Edición en formato Digipack, que incluye corte interactivo con las partituras de todos los temas.

La concertista carioca Maria Teresa Madeira (Rio de Janeiro, RJ, 1960), que ha sido solista de varias orquestas sinfónicas (como la Orquestra Sinfônica Brasileira, la de la Universidade Federal Fluminense y la de la Universidade Federal de Mato Grosso), cuyo trabajo se suele relacionar con la obra de Ernesto nazareth, fue la elegida por el instrumentista (saxofonista y flautista) y compositor Eli Joory (Eli Salim Joory) (Rio de Janeiro, RJ, 1961) para interpretar su obra reciente de espíritu más clásico, aunque con influencia de la música popular y el jazz.

"Suas composições são transparentes, com sonoridade clara e agradável. Contendo ecos de diversos estilos musicais brasileiros, desde o baião até a cantiga de roda. Todas as faixas contêm piano, que é escrito com tratamento erudito, por vezes como amplas fantasias, Suas peças são pianisticamente bem construídas, fluentes, com progressões harmônicas engenhosas e com utilização ocasional de modalismos.

Maria Teresa explora com delicadeza as filigranas do som do piano. Jamais maltrata o instrumento, nem mesmo nos fortíssimos. Seu uso econômico do pedal associado a fraseados orgânicos, sonoridade consistente e uma ginga inigualável constituem seu estilo único. Desde que a ouvi pela primeira vez em 1997 no CD Sempre Nazareth (Kuarup Discos KCD-095 – gravado no mesmo Drum Studio) tive a convicção de que se tratava de uma intérprete extraordinária. Como afirma Eli Joory no encarte do CD, Maria Teresa "entende tudo da malemolência e do gingado brasileiro".

Na primeira faixa do CD temos uma rica fantasia sobre o tema infantil “Atirei o pau no gato”, em que o tema retorna sob diversas facetas, ora brilhante, ora misterioso, como algumas das luzes de um prisma. A melodia raramente aparece integralmente, apenas tangencia os limites de nossa percepção. O estilo do acompanhamento distribuído entre as duas mãos é fluido, como na grande maioria das faixas do disco.

A faixa-título “Tomara que chova” possui uma forte base no ritmo do choro, porém transcende-o, como aliás nossa MPB é pródiga em fazer. O estilo contrapontístico ambicioso chegando a 4 vozes simultâneas por vezes lembra uma fuga de Bach, porém sua mensagem musical é simples de se entender e de grande frescor.
Em “Parque de diversões” temos um acompanhamento quasi-ostinato misterioso nos graves e quintas paralelas na mão direita, por vezes lembrando momentos das Cirandas de Villa-Lobos.

“Navegando" consiste em um delicado samba, com muitas influências da bossa-nova. Porém é inútil buscar classificar estas peças em gêneros definidos. Eli Joory faz uma excelente e consistente mistura de estilos variados, no que amplamente se classificaria como “cross over”, por falta de termos.

Em Gonzagueando temos um pot-pourri marcante sobre Asa Branca e Assum preto (Luiz Gonzaga) e Acorda Maria Bonita (Renato Teixeira e Rolando Boldrin), com a participação ilustre de Carlos Malta (flauta e sax soprano).

É importante mencionar também o violino especialmente afinado de Ricardo Amado em Segredos do Coração e Fala Duke.
O CD não possui um encarte impresso, porém este encontra-se no pdf que vem na "faixa bônus inteirativa", que contém todas as partituras das 9 músicas do CD (incluindo as partes separadas por instrumento, quando é o caso), além de um depoimento do compositor e da pianista. As músicas são de nível de dificuldade intermediária a avançada, sendo uma ótima fonte de estudo para pianistas alunos ou profissionais.

O projeto gráfico ficou a carGo de Crama Design Estratégico, com o excelente conceito visual de um lusco-fusco nublado, que chama tanto o sol quanto a chuva.
Em resumo, este CD vem como uma boa surpresa, e grande adendo para nossa discografia brasileira. Como disse Hermeto Pascoal sobre o CD anterior de Eli Joory (Conexão Instrumental, 2004): "É muito importante para o Brasil, no momento em que a música instrumental está a todo pique, ter um CD como este de Eli Joory, melódica e harmonicamente excelente”" Alexandre Dias (Descobertas Musicais, 08.07.2011)

“Eli Joory é um craque da música instrumental! Suas músicas têm melodia, ao contrário da maioria dos instrumentais brasileiros, os CDs do Eli são muito agradáveis de se ouvir” Roberto Menescal

“É muito importante para o Brasil, no momento em que a música instrumental está a pique todo, ter um CD como esse de Eli Joory, melódica e harmonicamente excelente” Hermeto Pascoal