Suscripción Newsletter

Recibe noticias y avisos de promociones especiales

Estrebucha baby (Col. Músicas do Brasil)

Zizi Possi
Discos: MPB

Disponible

14,95 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Universal Music / Time-Life
Estilo MPB
Año de Edición Original 1989

Más

Zizi Possi (voz, arreglos)

Zé Nogueira (saxo soprano), Dominguinhos (acordeón, arreglos), Luís Farah (piano, teclados), Zé Américo (piano), Eduardo Souto Neto (teclados, arreglos), Julinho Teixeira (teclados), Líber Gadelha (guitarras, arreglos), Roberto Menescal (guitarra acústica, arreglos), Hyldon o Rick Ferreira (guitarra acústica), Tavinho Fialho (contrabajo), Piu-piu (bajo), Darcy Osório (batería), Marcelo Costa (batería, percusión), Joe vasconcellos y Barney (percusión), Ana Zingone y Patrícia Barbeitas (coros) y orquesta de cuerdas (con arreglos de Chiquinho de Moraes), Guto Graça Mello (arreglos).

Primera edición en CD (España), de 1998, para la colección “Músicas do Brasil”.

Nieta de emigrantes italianos, Maria Isildinha Possi, (São Paulo, 1956), tardó más de 10 años en dar la razón a quienes, tras su excelente 2º LP Pedaço de mim de 1979, la apuntaron como una de las grandes promesas de la MPB. Su voz limpia y afinada -una de las más bellas de la música actual- y su estilo contenido pero intenso, quedaron oscurecidos por banales arreglos pop, que, sin embargo, rindieron un nada despreciable éxito comercial y popular. Estrebucha baby, de 1989, es, ante todo, el fruto de su maduración personal, que le dió la fuerza necesaria necesaria para imponerse a los dictados de la industria. Es el esbozo y anticipo del concepto musical (y del repertorio), que desarrollaría plenamente en el deslumbrante "Sobre todas as coisas", y que la proclamaría, con rara unanimidad, como la mejor cantante brasileña de ese momento.

"Embora já tivesse despontado em 1978 com afinada voz cristalina, de emissão precisa, Zizi Possi somente foi reconhecida como cantora do primeiro time da música brasileira a partir dos anos 1990, década em que, rompida com os esquemas industriais do mercado fonográfico, Zizi decretou a própria independência artística.
O marco da virada foi o álbum Sobre todas as coisas (1991), registro do aclamado show acústico que a cantora paulistana estreara em Curitiba (PR), em 1990, sem grandes pretensões. Um show de piano, violoncelo – instrumento então pouco usual na MPB – e percussão que, aos poucos, ganhou o Brasil, os críticos e o público.
No repertório de Sobre todas as coisas, havia canção delicada de Dominguinhos (1941 – 2013) e Nando Cordel, Dedicado a você, herança do álbum anterior de Zizi. Lançado em 1989, sem grande repercussão, o álbum Estrebucha baby foi o esboço da virada consolidada pela cantora com o show e disco Sobre todas as coisas.
Em Estrebucha baby, último disco da artista na Philips / Polygram (gravadora multinacional para a qual Zizi voltaria em 1996 já com status de grande cantora do Brasil), a canção Dedicado a você foi adornada com cordas arranjadas pelo maestro Chiquinho de Moraes. As mesmas cordas envolveram a classuda abordagem da canção norte-americana That's all I want from you (Fritz Rotter, 1955).
Contudo, Zizi já perseguiu em Estrebucha baby uma estética minimalista, de atmosfera acústica, que depuraria no disco e show posterior. Produzido por Líber Gadelha, então marido da cantora, o álbum foi gravado com quarteto essencialmente acústico formado pelos músicos Darcy Osório (bateria), Tavinho Fialho (contrabaixo) e Luís Farah (piano e teclados) com o próprio Líber (no violão de aço e nas guitarras).
Foi com a intenção de se afastar do tom pop radiofônico de discos anteriores como Zizi (1986) e Amor & música (1987) que a cantora deu voz em Estrebucha baby – décimo álbum da artista em carreira que então contabilizava 11 anos – a um repertório que apresentou samba jazzy latino de Djavan, Você é, nunca mais regravado (não confundir com o funk também intitulado Você é, composto pelo artista e lançado nove anos depois por Djavan no álbum Bicho solto o XIII, de 1998).
Balada de Dalto e Cláudio Rabello, Não me deixe mal tinha razoável acabamento pop e bom refrão e, talvez por isso mesmo, tenha permanecido esquecida neste disco encerrado com a faixa mais famosa.
No arremate de Estrebucha baby, Zizi redimensionou Meu erro (1984), mostrando em registro de voz-e-piano toda a beleza então camuflada da melodia da canção de Herbert Vianna lançada cinco anos antes pelo trio Paralamas do Sucesso em andamento mais acelerado, condizente com a efervescência pop juvenil do álbum O passo do Lui (1984). O grupo reconheceria o acerto da gravação ao convidar Zizi para recriar Meu erro no álbum Acústico MTV dos Paralamas, editado em 1999.
Batizado com o nome do blues da lavra de Jean Garfunkel e Paulo Garfunkel, também compositores (com a adesão de Jaime Prata) da dissonante Não minto pra mim, o álbum Estrebucha baby alinhou três versões no repertório.
Nelson Motta verteu para o português a canção norte-americana You've changed (Bill Carey e Carl Fischer, 1942) e a balada italiana Anema e core (Salve d'Exposito e Tito Manilo, 1950), reapresentadas com os títulos de Quem diria e A vida corre, respectivamente. Já Ronaldo Bastos escreveu a letra de Reconheço, versão em português da canção cubana Te conozco (Silvio Rodriguez, 1986).
Zizi Possi ainda depuraria mais o canto e o repertório em discos posteriores, mas já mostrou no álbum Estrebucha baby – sobre todas as coisas – uma alma artística que geraria, a partir de 1990, os melhores momentos da obra da cantora." Mauro Ferreira (g1.globo.com, 10.04.2020)

Temas

CD 1
1
Estrebucha, baby
Jean Garfunkel - Paulo Garfunkel
2
Reconheço (Te conosco)
Silvio Rodriguez (Vers. Ronaldo Bastos)
3
Quem diria (You've changed)
Carl Fischer - Bill Carey (Vers. Nelson Motta)
4
Dedicado a você
Nando Cordel - Dominguinhos
5
That's all I want for you
Fritz Rotter - M. Rotha
6
Não minto pra mim
Jean Garfunkel - Paulo Garfunkel - Prata
7
Você é
Djavan
8
Não me deixe mal
Cláudio Rabello - Dalto
9
A vida corre (Anema e core)
Salve D'Esposito - Tito Manlio (Vers. Nelson Motta)
10
Meu erro
Herbert Vianna