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Feito em casa

Antonio Adolfo
Discos: Jazz / MPB / Pop / Easy listening

Disponible

Ficha técnica Discos

Sello	Artezanal / Kuarup
Estilo	Jazz / MPB / Pop / Easy listening
Año de Edición Original	1977

Más

Antonio Adolfo (piano, piano eléctrico, teclados, órgano, sintetizadores, voz (en "Aonde você vai?"), arreglos, dirección)

Danilo Caymmi y Franklin (flauta), Oberdan Magalhães (saxo), Marcio Montarroyos (trompeta), Luiz Cláudio Ramos (guitarras), Jamil Joanes y Luizão Maia (bajo), Rubinho (batería), Ariovaldo Contesini, Peninha y Chico Batera (percusión), Suzana, Luna, Claudia telles y Marcio Lott (coros).

Participación especial de: Joyce (voz), Málu (voz).

Disco histórico en la producción independiente en Brasil, reeditado en CD 25 años después de su lanzamiento en vinilo.
Se trata de un disco de pianista-compositor-arreglista de jazz pop suave, intimista y romántico, que en algunos momentos bordea el "easy listening".
La presente reedición incluye como extra una grabación reciente, representativa de la actual linea de trabajo del autor, una larga (más de 14') y delicada improvisación de solo de piano (grabada "ao vivo"en el Teatro Municipal de Niterói, RJ, el 11 de mayo de 2001), que acrecienta el interés del disco.

"(...) Eu vinha de uma temporada de estudos na França (com Nadia Boulanger) e aqui no Brasil (com Guerra-Peixe) entre 1974 e 1976. Compus muito nessa época e acho que aprendi bastante. Cheguei ao Rio e, enquanto estudava com o Guerra, fazia gravações com vários artistas da MPB, jingles, trilhas sonoras etc – eu atuava somente como músico acompanhante, nessas gerações – e ficava ganhando para sobreviver. Costumava gravar muito lá no estúdio Sonoviso – o engenheiro de som (Toninho Barbosa) ficou muito meu amigo e eu comecei a pensar que ali seria um bom estúdio – não muito caro – onde eu poderia gravar algumas músicas minhas Selecionei músicos etc, e resolvi alugar algumas horas do estúdio para gravar. Foi dando tudo certo. Os músicos dando todo o apoio. E a fita (gravação completa) ficou pronta. Resolvi então mostrar ao pessoal das gravadoras, que foram unânimes em recusar. Acho que eles queriam que eu repetisse a fórmula Antonio Adolfo e Tibério Gaspar ou Antonio Adolfo e a Brazuca. Resolvi, então, fazer eu mesmo. Contratei uma fábrica de disco e fiz uma edição pequena. Pedi à gráfica para me vender capas em branco, com cartolina ao avesso, pois criaríamos, eu e amigos, capas uma a uma.. Depois dos 500 primeiros, escolhi uma para matriz (...) Cheguei a colocar anúncio no jornal para conseguir vendedores: “gravadora nova precisa de vendedores etc” ou coisa assim. E apareceram vários candidatos. Só um tinha experiência nessa área, e me ajudou muito. Mas como o disco não era um hit, ele foi pra outra. E eu tive que criar coragem e vender de loja em loja. Foi aí que o Tim Maia me deu umas dicas, pois já havia feito coisa semelhante com o Tim Maia Racional. Passou muita informação das lojas e explicou como fazer, mas ele mesmo não estava mais nessa. A imprensa começou a apoiar o disco e fui convidado pra fazer o Fantástico na TV Globo. Aí as coisas começaram a mudar, pois já estava vendendo nas lojas e o LP ganhou força. Mas o que me ajudou muito mesmo a vender foram os shows (...) (Extracto de entrevista concedida a Fabiann Chacur, publicada en Mundo Pop, 30.06.2017)