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Pedaços

Simone
Discos: MPB

Disponible

20,38 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello EMI
Estilo MPB
Año de Edición Original 1979

Más

Simone (voz)

Copinha (Nicolino Cópia), Danilo Caymmi, Jorginho da Flauta (Jorge Ferreira da Silva) y Celso Woltzenlogel (flauta), Roberto Sion (saxo soprano, saxo alto), Braz Limongi (oboe), Edmundo Maciel (trombón), Pinduca (Luiz Anunciação) (marimba), Nelson Ayres (piano, piano eléctrico, arreglos), Gilson Peranzzetta (piano, piano eléctrico, órgano, acordeón, arreglos), Alemão (Olmir Stocker) (guitarra eléctrica), Hélio Delmiro (guitarras),  Alceu Maia (cavaquinho), Jamil Joanes o Ivâni Sabino :(bajo eléctrico), William Caram (batería), Robertinho Silva (batería, percusión), Luna, Elizeu Felix, Marçal (Nilton Delfino Marçal), Gordinho (Antenor Marques Filho), Chico Batera y Bira da Silva (percusión), Roberto Patiño, Luna Messina, Márcio Lott, Regininha, Regina Corrêa, Zé Luiz Mazziotti y Marizinha (coros), Alceu de Almeida Reis (cello) y orquesta de cuerdas

Participación especial de: Milton Nascmento (guitarra acústica).

"É o melhor disco de Simone - não por acaso lançado no ano da explosão feminina na MPB. O repertório irretocável aproveitava os ventos da abertura política para anunciar a volta dos exilados (Tô Voltando) e reafirmava a independência feminina em Começar de Novo, tema de Ivan Lins e Vítor Martins, autor também de Saindo de mim. Entre pérolas de Chico Buarque (a dilacerante Pedaço de mim e a abolerada Sob Medida) e Fátima Guedes (Condenados, faixa de alto teor erótico), Simone lançou mais duas obras-primas de Sueli Costa: Cordilheira (com Paulo César Pinheiro) e Vento Nordeste (com Abel Silva). A segunda - tão bela quanto desconhecida - seria retomada por Simone em 2007 no show dividido com Zélia Duncan. Enfim, um LP clássico." Mauro Ferreira (Blog Notas Musicais, 19.03.2009)

"A aparição de Simone na música brasileira, em 1973, não causou impacto e tampouco alçou a cantora baiana ao estrelato imediato, como acontecera em 1965 com Maria Bethânia e como aconteceria em 1987 com Marisa Monte e em 1999 com Ana Carolina, para citar três exemplos de cantoras que irromperam como furacões no universo musical do Brasil.
Ao contrário. A ascensão de Simone foi paulatina ao longo da década de 1970 e culminou com a explosão definitiva da Cigarra a partir de 1979, ano de Pedaços, álbum que consolidou a trajetória de Simone no rastro do sucesso de discos anteriores como Face a face (1977) e Cigarra (1978).
Álbum lapidar que expôs a cantora com dose maior de sensualidade, como sinalizado pela imagem da capa em que Simone aparece nua na foto clicada por Fernando Carvalho (...)
O maior sucesso do repertório irretocável foi Começar de novo, canção feminista de Ivan Lins e Vitor Martins, composta para ser tema de abertura da série Malu mulher, estreada pela TV Globo naquele ano de 1970.
Além de ter projetado a voz de Simone em escala nacional, com intensidade até então inédita na carreira da cantora, a gravação de Começar de novo alinhou a Cigarra com a revolução feminina então em voga na MPB em 1979, ano marcado pelo surgimento de várias cantoras que compunham e davam voz às próprias músicas.
Uma delas foi Fátima Guedes, de quem Simone gravou Condenados, canção de versos sensuais como “Ah, meu amor, estamos mais safados / Hoje tiramos mais proveito do prazer”.
Sob medida, bolero composto por Chico Buarque para a trilha sonora do filme República dos assassinos (1979), também ganhou a voz de Simone no disco, mas ficou eternamente associado ao canto de Fafá de Belém, que gravou Sob medida no mesmo ano para o álbum Estrela radiante (1979), sendo que a duplicidade simultânea de registros fonográficos da música gerou mal-estar no mundo do disco.
A Simone, ficaram associados para sempre o samba Tô voltando (Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro) – um dos hinos da anistia aos exilados políticos ao lado de O bêbado e a equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc), samba lançado por Elis Regina (1945 – 1982) – e Cordilheira, outro petardo político, este da lavra de Sueli Costa (1943 – 2023) com o mesmo Paulo César Pinheiro que escreveu os versos do samba Tô voltando.
Sueli Costa é também a melodista da bela canção Vento nordeste, feita em parceria com o poeta letrista Abel Silva e conhecida somente pelos seguidores de Simone e de Zélia Duncan, que cantou Vento nordeste em show com Simone estreado em 2006 e eternizado em disco em 2008.
Artista àquela altura já ligado à trajetória de Simone, Milton Nascimento assina duas músicas no álbum Pedaços, Itamarandiba e Povo da raça Brasil, ambas com o parceiro Fernando Brant (1946 – 2015) e ambas com letras de caráter político.
Completam o repertório do álbum Pedaços as músicas Pedaço de mim (Chico Buarque, 1978), Saindo de mim (Ivan Lins e Vitor Martins) – outra canção de separação na linha de Começar de novo – e Outra vez (Isolda, 1977), sucesso retumbante há dois anos na voz de Roberto Carlos e nunca a rigor ligado à voz de Simone.
Álbum mais coeso de Simone na passagem luminosa da cantora pela gravadora Odeon entre 1973 e 1980, Pedaços resistiu muito bem ao tempo. Músicas, arranjos e interpretações jamais perderam o viço ou a relevância, o que legitima a reedição do álbum Pedaços em LP na era do culto tátil ao vinil." Mauro Ferreira (g1.globo.com, 05.05.2024)

Temas

CD 1
01
Começar de novo
Ivan Lins - Vitor Martins
02
Sob medida
Chico Buarque de Hollanda (Chico Buarque)
03
Povo da raça Brasil
Milton Nascimento - Fernando Brant
04
Condenados
Fátima Guedes
05
Cordilheira
Sueli Costa - Paulo César Pinheiro
06
Outra vez
Isolda
07
Vento Nordeste
Sueli Costa - Abel Silva
08
Saindo de mim
Ivan Lins - Vitor Martins
09
Tô voltando
Mauricio Tapajós - Paulo César Pinheiro
10
Itamarandiba
Milton Nascimento - Fernando Brant
11
Pedaço de mim
Chico Buarque de Hollanda (Chico Buarque)