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Samba no esquema de Walter Wanderley

Walter Wanderley
Discos: Samba-jazz / Easy listening

Disponible

14,95 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello EMI
Estilo Samba-jazz / Easy listening
Año de Edición Original 1963
Instrumental

Más

Walter Wanderley (órgano, arreglos)

Felpudo (trompeta), Newton Bola (saxo tenor), Jacó (guitarra eléctrica), Azeitona (bajo), Arrudinha (batería), Corisco (percusión).

Reedición en CD, de 2003, en la colección "Odeon - 100 anos", del disco lanzado originalmente en 1963. Remasterizado, con portada contraportada y ficha técnica originales.

"Não é fácil transformar um órgão quase num leve tamborim, a bordo de uma divisão títmica dançante como faz Walter Wanderley (1932 - 1986) neste disco de 1963, à frente de um combo."

"O LP solo instrumental de Walter Wanderley daquele ano de 1963, seria o último do artista pelo selo Odeon,
Aquele ano seria o ano da primeira gravação da canção “Garota de Ipanema” (Tom Jobim/ Vinícius de Moraes) e quem inaugurou a música em discos (seriam dezenas de gravações só naquele ano no Brasil e no exterior) foi o cantor e compositor Pery
Ribeiro, que fazia parte do elenco da Odeon. A gravadora, constatando o sucesso incomparável da composição, não hesita em colocá-la como faixa de abertura do disco instrumental de Walter Wanderley, que executa órgão e piano no álbum. Em disco da cantora Astrud Gilberto, gravado nos EUA e lançado também no Brasil, o autor do texto da contracapa (Chuck Briefer), traduzido por Olavo Blanco da Rádio Gazeta de São Paulo, afirma que: “Foi o jovem virtuose do órgão de São Paulo que primeiro deu a The Girl From Ipanema as suas asas”.
A contracapa do disco, que possui um repertório de músicas quase todas ligadas à Bossa Nova, nos traz muitas informações relevantes. Ela é assinada por Franco Paulino, jornalista do Última Hora, que teve trecho de entrevista já citado nesse capítulo e que também assina o texto do disco de Walter Santos de 1963. Franco Paulino conhecia Walter Wanderley de perto, da noite e das reuniões de fomento à Bossa Nova na capital paulistana. Paulino afirma que a Bossa Nova estava envelhecendo, sofrendo demasiada influência do Jazz americano e que o pianista e organista fazia “samba” e preferia o termo “samba moderno” do
que a expressão “Bossa Nova”. Algo bem interessante para um músico que até hoje é lembrado por muitos por ser um bossanovista fundador e teve disco lançado no exterior sendo intitulado como “o chefe da Bossa Nova” – The Boss of Bossa Nova. João Gilberto e Laurindo de Almeida também foram “coroados” como “Boss of Bossa Nova” em artigos e discos, portanto, esse fato é mais pertinente aos modelos de comercialização. As estratégias de mercado criavam ídolos de acordo com suas necessidades e artifícios de vendas. Talvez por isso, Tárik de Souza também elenca esse disco solo de 1963 como
fazendo parte da discografia do Sambalanço.
O disco traz uma instrumentação um pouco mais robusta que o trio que acompanhou o artista em tantas outras gravações anteriores. Além de guitarra, bateria e baixo, Walter Wanderley incorporou trompete, chamado “pistão” no texto e termo usual ainda hoje em alguns meios, saxofone tenor, pandeiro e tamborim. Franco Paulino afirma ter presenciado as gravações do LP e diz na última linha do texto de contracapa: “Êste disco é sincero, gente! Nós vimos os músicos se aplaudindo no estúdio, num rasgo de auto-confiança”. É possível perceber, ao ouvir as faixas do álbum, que Walter Wanderley está muito mais “ousado” nos improvisos e nas convenções rítmicas (...) Outro fato chama atenção nesse e em outros discos de Walter Wanderley: É possível
perceber piano e órgão tocando juntos numa mesma faixa, com improvisos de ambos os instrumentos inclusive. Mas não há nenhuma indicação de outro organista ou pianista nas contracapas dos discos, além de Walter Wanderley. A tecnologia da época permitia, como é bastante comum nos dias de hoje, que os músicos gravassem suas partes de forma separada e independente, mas de maneira muitíssimo limitada se compararmos com o aparato utilizado e disponível nos dias atuais. Quase tudo era gravado como em uma apresentação: “ao vivo” e ao mesmo tempo. Walter Wanderley iria se especializar em gravar piano e órgão para soarem simultaneamente nos seus discos de carreira e também naqueles em que acompanhava cantores e instrumentistas.
Em 1964 Walter Wanderley assinaria contrato com a gravadora Philips (...)" Fernando Henrique Araújo Torres (Extracto de la tesis doctoral "Walter Wanderley – Memória e Esquecimento na Indústria Cultural e na História da Música Popular Brasileira" (Universidade Federal da Paraíba, 2019))

Temas

CD 1
01
Garota de Ipanema
Antonio Carlos Jobim (Tom Jobim) - Vinicius de Moraes
02
Batida diferente
Durval Ferreira - Mauricio Einhorn
03
Zé da Conceição
João Roberto Kelly
04
Pra que chorar?
Baden Powell - Vinicius de Moraes
05
Melancolia
Denis Brean
06
Só danço Samba
Vinicius de Moraes - Antonio Carlos Jobim (Tom Jobim)
07
Samba novo
Durval Ferreira - Newton Chaves
08
Faço um iê-iê-iê
Haroldo Barbosa - Luis Reis
09
Bossa na praia
Geraldo Cunha - Pery Ribeiro
10
Samba do avião
Antonio Carlos Jobim (Tom Jobim)
11
O que eu gosto de você
Silvio César
12
Samba só
Walter Santos - Tereza Souza