Suscripción Newsletter

Recibe noticias y avisos de promociones especiales

Um samba sobre o infinito (Meu passeio poético pela obra de Paulinho da Viola)

Masé Sant'Anna
Discos: MPB / Samba

Disponible

22,27 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Independiente
Estilo MPB / Samba
Año de Edición Original 2016

Más

Masé Sant'Anna (voz)

Reinaldo Arias (piano acústico), Humberto Mirabelli (guitarras), Joe Lima (contrabajo), Cesar Machado (batería, percusión).

Participación especial de: Adriano Giffoni (contrabajo).

"Um samba sobre o infinito não é um disco de samba", alerta Masé Sant'Anna em texto escrito para a aba da contracapa interna da edição em CD do primeiro álbum dessa cantora brasiliense que se radicou na cidade do Rio de Janeiro (RJ) há quase 30 anos. Há até certo exagero na afirmação porque o samba está entranhado em boa parte das dez músicas deste (ainda inédito) disco no qual Masé faz "passeio poético" pelo cancioneiro do compositor carioca Paulinho da Viola, de recém-completados 74 anos. Basta ouvir as gravações de Pecado capital (1975) e Eu canto samba (1989) para ver que o passeio dá (até) samba.
Contudo, o alerta de Masé também faz sentido porque o passeio pela obra de Paulinho é sobretudo rítmico. Neste disco viabilizado através de plataforma de financiamento coletivo e produzido pelo baterista e percussionista Cesar Machado, a cantora se permite ousadias estilísticas que afastam da trivialidade a abordagem de obra já magistralmente registrada e depurada pelo próprio compositor.
Se Coração leviano (1977) bate na cadência do reggae, diluindo a desilusão embutida nos versos do samba lançado na voz de Clara Nunes (1942 – 1983), Para um amor no Recife (1971) tem endereço certo ao ser levada na batida pernambucana do maracatu. Já Retiro (1983) evoca a forma das valsas cantadas nos salões imperiais de tempos imemoriais – no caso, sob a condução do toque do piano límpido de Reinaldo Arias na gravação feita também com o contrabaixo de Adriano Giffoni, músico convidado da faixa.
Com canto suave, Masé se afina com o refinamento do cancioneiro de Paulinho da Viola. Às vezes, como nos sambas-canção Tudo se transformou (1970) e Para ver as meninas (1971), falta maior interiorização na interpretação para evidenciar todo o sentimento da poesia não raro melancólica do compositor. Contudo, guiada pela direção musical de Cesar Machado, Masé consegue dar toque pessoal às dez músicas que selecionou dentre a obra geralmente irretocável de Paulinho da Viola. Seja o toque chorão do violão posto por Humberto Mirabelli em Quando bate uma saudade (1989), seja a pulsação inusitada de Dança da solidão (1972).
No fim, quando Foi um rio que passou em minha vida (1970) desfila majestoso (quase) como se fosse um samba-enredo, o álbum Um samba sobre o infinito – Meu passeio poético pela obra de Paulinho da Viola reitera a boa sensação de que Masé Sant'Anna não se deixou levar pelas águas da obviedade ao cantar obra que deve ser abordada com frescor por já estar perfeitamente gravada na forma original pelo criador. (Mauro Ferreira, blog G1.globo.com. Calificación: * * * *)

Temas

CD 1
01
Retiro
Paulinho da Viola
02
Quando bate uma saudade
Paulinho da Viola
03
Para ver as meninas
Paulinho da Viola
04
Eu canto samba
Paulinho da Viola
05
Coração leviano
Paulinho da Viola
06
Dança da solidão
Paulinho da Viola
07
Tudo se transformou
Paulinho da Viola
08
Para um amor no Recife
Paulinho da Viola
09
Pecado capital
Paulinho da Viola
10
Foi um rio que passou em minha vida
Paulinho da Viola