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Construtores de sons

Varios Intérpretes (Varios Estilos)
Discos: Experimental

Disponible

18,49 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Sesc SP
Estilo Experimental
Año de Edición Original 2019
Instrumental

Más

Interpretaciones de: Emerson Boy, Leandro César, Livio Tragtenberg, Marco Scarassatti, Marcos Freitas

con instrumentos creados por Leandro César, Gilberto Macruz, Marco Scarassatti, Marcos Freitas, Paulo Nenflidio y Ruben Pagani.

Editado en lujoso formato Digipack con libreto de 80 páginas, ilustrado en color, con fotos y dibujos de los diversos instrumentos.


"(...) O projeto materializado em CD pelo Selo Sesc exalta o ofício dos criadores de instrumentos sonoros, grandes inventores de fundo de quintal, devolvendo a eles o protagonismo outrora renegado pela tradição popular dos processos industriais, ao mesmo tempo, o álbum convida o público a conhecer essas máquinas musicais e se inspirar a construir música com as próprias mãos (...) Essa tradição de inventores de fundo de quintal, do Amador que, infelizmente, foi sistematicamente desqualificada por uma pretensa superioridade do ensino formal, atravessa regiões do país, camadas sociais e culturas. Penso, na tradição norte-americana do do it yourself que se serviu do ensino por correspondência, combinando nesse processo, intuição e conhecimento.
Esse é o melhor legado de gente como os compositores Charles Ives, Henry Cowel, Harry Partch, Conlon Nancarrow, Julian Carrillo, Joaquín Orellana, Frank Zappa, entre muitos outros.
E no Brasil, temos uma legião de anônimos construtores de instrumentos e artefatos espalhados pelo país até figuras complexas como Walter Smetak (...) São eles, construtores visionários, Gilberto Macruz, Paulo Nenflidio e Ruben Pagani. Construtores-músicos Leandro César, Marco Scarassatti, Marcos Freitas, indutores de experiencias corpóreas-sonoras. Porque essas construções sonoras são também esculturas sonoras (termo caro a Walter Smetak).
Conversar com o artesão e o artista, o artesanato e o artifício, são questões mais que atuais, diria até, atemporais em nossas civilizações. Assim, as distinções do fazer e do criar, sempre envolveram um artificialismo que respondia a situações de época e a conveniências sociais, adquirem hoje um protagonismo uma vez que envolve tanto os processos de criação como de circulação de simbolos, signos e de sons.
A materialidade dessas construções foi o nosso guia na realização sonora deste trabalho, seja de composição como de decomposição, bem como na própria captação desses objetos sonorous, com o auxílio de Emerson Boy.
essa materialidade, acreditamos, responde ao universo objetivo e subjetivo, a experiência sensorial e a curiosidade desinteressada de um amadorismo positivo, que tem como impulso a criatividade e o prazer da ação.
Enfim, a curtição sonora sobretudo e a celebração da invenção, sempre!" Lívio Tragtenberg

 "Com as próprias mãos! Durante a minha pesquisa pesquisa sobre a obra e pensamento de Walter Smetak, me deparei com um artigo de 1974, do jornalista e pesquisador da música popular brasileira José Ramos Tinhorão, o título dizia: Viva Smetak, que como o povo, faz sua música com as mãos. A imagem que acompanhava o texto era uma gravura da coleção da Viagem Filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira, em que aparecia uma viola construída e tocada pelos negros, em pleno século XVIII. Tinhorão pedia respeito, apoiava e aplaudia o suíço naturalizado brasileiro por identificar-se com o que ele chamou da “mais inquieta tradição do gênio musical do povo brasileiro”.
Se na tradição popular, o instrumento musical ainda resiste aos processos industriais pelas mãos dos artesãos, a emergente Arte Sonora brasileira tem como sua principal vertente a luteria experimental. De Walter Smetak pra cá, passando pela profícua produção de seu principal discípulo Marco Antonio Guimarães, que inspirou mais de uma geração de novos construtores, o que vemos hoje é a multiplicação de criadores e suas criaturas que, não só fazem sua música com as próprias mãos, mas muitas vezes se aproximam e adentram ao universo musical, a partir da invenção do novo instrumento.
Hoje os caminhos são múltiplos para se adentrar nesse universo, alguns desses criadores partem de uma inquietação e extrapolação do campo da visualidade, outros da busca por novas fontes sonoras Há quem se inspire nas máquinas, ou mesmo se opõe ao pensamento industrial, pelo objeto encontrado, o refugo de uma sociedade do descarte, pela gambiarra, ou pelo hackeamento das fontes sonoras pre-existentes.
Enquanto pensávamos esse projeto, sabíamos que diante de tamanha diversidade e multiplicidade de inventores e invenções, uma antologia estava descartada, optamos pelo vínculo maior com o acústico, com algum flerte ao elétrico, ou um industrial do Piripipau.  Algo entre o bestiário e o manual, um livro de emblemas ou um quase tutorial, um recorte que potencialize a ação direta, a autopoiesis, que inspire mais e mais pessoas a construir a música com as próprias mãos." Marco Scarassatti

Temas

CD 1
1
Ciclophone
Gilberto Macruz
Marco Scarassatti
2
Mecanismo compositor
Gilberto Macruz
Marco Scarassatti
3
Pássaro-cocho
Marco Scarassatti
Marco Scarassatti
4
Tromp Kirk Roland
Marco Scarassatti
Marco Scarassatti
5
Microtõin
Marcos Freitas
Marcos Freitas
6
Aerofone
Marcos Freitas
Marcos Freitas & Marco Scarassatti
7
Chori
Leandro César
Leandro César
8
Mosaico cariri peruaçu
Leandro César
Leandro César
9
Berimbau eletrônico
Paulo Nenflidio
Livio Tragtenberg, Emerson Boy & Marco Scarassatti
10
Bicórdio infinito
Paulo Nenflidio
Livio Tragtenberg & Marco Scarassatti
11
Torre
Ruben Pagani
Livio Tragtenberg & Emerson Boy
12
Tanque
Ruben Pagani
Livio Tragtenberg & Emerson Boy