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Portas

Marisa Monte
Discos: Pop / Romántica

Disponible

16,62 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Phonomotor
Estilo Pop / Romántica
Año de Edición Original 2021

Más

Marisa Monte (voz, guitarra acústica, percusión, producción)

Melanie Charles (flauta), Michael Leonhart (trompeta), Marcelo Cameloo (piano, bajo, guitarra acústica, percusión, arreglos), Paul Wilson (piano, órgano, sintetizadores), Silva (piano, coros), Claudio Andrade (piano eléctrico), Chico Brown (guitarras, piano, piano eléctrico, voz), Dadi Carvalho (guitarras, bajo, ukelele, piano eléctrico, percusión, coros), Davi Moraes  (guitarras, bajo, piano eléctrico, percusión), Pedro Baby (guitarras, percusión, coros), Nicolas Hakim (guitarra eléctrica), Mauro Diniz (cavaquinho), Melvin Gibbs, (bajo), Jorginho Gomes o Kassa Overall (batería), Pretinho da Serrinha (percusión, cavaquinho, coros), Carlinhos Brown (percusión), conjunto de metales (con arreglos de Antonio Neves) y orquesta de cuerdas (con areglos de Arthur Verocai).

Participación especial de: Jorge Drexler (voz), Seu Jorge (voz, guitarra acústico, flauta) y Flor (voz).

Edición en formato Digipack.

Nada menos que una década después de "O que você quer saber de verdade" (2011), finalmente, Tribalistas a parte, la famosa cantante y compositora carioca Marisa Monte (Marisa de Azevedo Monte) (Rio de Janeiro, RJ, 1967) lanza un nuevo álbum a su nombre.
Con el mismo elegante romanticismo radiante de los anteriores, pero con un acabado más fresco y menos repulido, el CD -curiosamente, editado en Portugal, España, Italia, Argentina y Japón, pero no en Brasil- cuenta con 17 temas, uno más que en la edición digital.
El tema extra es la canción "Vento sardo", compuesta por Marisa en 2016 en colaboración con el cantautor uruguayo Jorge Drexler, grabada durante la pandemia, entre Brasil y Madrid, con la participación del propio Drexler,
Entre las novedades del repertorio, llama la atención el elenco de compositores en el que Chico Brown (hijo de Carlinhs Brown) está presente en cinco canciones, tomando el relevo de su padre (que por primera vez en mucho tiempo no figura como autor de ninguna de ellas), los hermanos Silva - Lúcio y Lucas, siendo éste el cantante que grabó "Silva canta Maria", en 2016, en homenaje a la Marisa compositora-, que contribuyen con tres y el exLos Hermanos Marcelo Camelo con dos (de las que también es el arreglista y productor).

"Eis o que você – leitor admirador de Marisa Monte – quer saber de verdade sobre Portas: o álbum lançado às 21h desta quinta-feira, 1º de julho de 2021 -dia do aniversário da cantora carioca-, soa tão interessante quando dèjá vu.
Aos 54 anos, completados hoje, a cantora e compositora gravita com requinte ao redor de universo musical particular que começou a gerar há 30 anos com o álbum Mais (1991).
Descontado o primeiro disco de intérprete, MM (1989), marcado pelo esplendor vocal dessa cantora que ditou padrões ao longo dos anos 1990, o que Marisa Monte basicamente tem feito são crônicas e declarações de amor com cancioneiro de grande apelo pop(ular).
Em Portas, álbum cuja capa expõe arte inédita de Marcela Cantuária, a compositora refaz essas crônicas, abrindo parcerias com Marcelo Camelo e Chico Brown sem dar um passo estético adiante em obra já sólida. É como as 16 faixas do álbum Portas sintetizassem os caminhos trilhados pela artista ao longo dos 30 anos que separam Portas do definidor álbum Mais.
Parceiro de Marisa Monte em cinco das 16 músicas inéditas do disco, inclusive no soul Calma, faixa lançada em 10 de junho como single em que a cantora vislumbra a alvorada com aliciante pegada pop, Chico Brown aparece ocupar com naturalidade no álbum o lugar do pai, Carlinhos Brown, pela primeira vez ausente como compositor da discografia de Marisa desde o disco Verde anil amarelo cor-de-rosa e carvão (1994).
Tanto que um espírito tribalista parece pairar sobre três das cinco canções compostas por Marisa com Chico, sobretudo na sedutora Fazendo cena e Em qualquer tom, valsa que versa sobre o amor com palavras do dicionário musical (“São tantos acordes acordando aqui na gente / Tanta harmonia, tão assim tão de repente / A delirar no amor morar”).
Tanto Em qualquer tom e Fazendo cena quanto Medo do perigo – a outra canção de clima tribalista feita por Marisa com Chico Brown – têm os toques acústicos do violão e do piano do neto de Chico Buarque em arranjos mais enxutos.
Na contramão dessa economia, a canção Déjà vu – a quinta parceria de Marisa com Chico Brown – foi formatada com solo de guitarra e com a opulência das cordas orquestradas pelo maestro Arthur Verocai. As cordas e sopros entram com vigor no refrão para reforçar o convite feito pelos versos “Vem, vamos lá / Vem viver / Vem sonhar / Pela estrada de estrelas do mar”.
Arranjadas em atmosfera clássica tanto por Verocai como por Marcelo Camelo, as cordas são uma das marcas sonoras do álbum Portas.
Presente nos créditos de três das 16 músicas do disco, sendo duas compostas com Marisa, Marcelo Camelo parece ter entrado no universo particular da parceira conterrânea. Nem tanto na música que assina sozinho, Espaçonaves, samba de cadência suave, evocativa da bossa nova.
Das duas parcerias de Camelo com a artista, Você não liga se diferencia por embutir, na cadência de samba-rock, ecos do suingue matricial de Jorge Ben Jor, compositor e músico referencial para Marisa, a ponto de ter tido três músicas regravadas na discografia solo da cantora entre 1994 e 2011. Sal, a outra composição de Marisa com Camelo, é canção bonita, assim como a maior parte do repertório do álbum Portas.
A alta concentração de músicas belas tem força para anular qualquer argumento dos detratores do disco. Mesmo que Portas ofereça a rigor mais do mesmo, não importa porque, sim, são bonitas as canções.
Promovida com clipe que tem estreia programada para domingo, 4 de julho, no programa Fantástico (TV Globo), a música-título Portas é canção feita por Marisa com Arnaldo Antunes e Dadi Carvalho no tempo de delicadeza que pauta a maior parte da obra dos artistas.
Fundamental na arquitetura dos álbuns Mais e Verde anil amarelo cor-de-rosa e carvão, Arto Lindsay coproduziu a faixa em Nova York (EUA), assim como fez com o single Calma.
Outra música do trio formado por Marisa com Arnaldo e Dadi, A língua dos animais parece ter incorporado a natureza do espírito novo baiano. A faixa começa lírica, quase etérea, até ser bafejada pelo sopro do trio de metais orquestrados pelo trombonista Antonio Neves para iluminar o refrão dos versos “Vou sair para passear ao sol / Vou pisar / No capim”.
Primeiro álbum solo gravado por Marisa Monte com músicas inéditas em dez anos, Portas reverbera as boas vibrações do antecessor O que você quer saber de verdade (2011). O álbum soa leve e qualquer eventual traço de melancolia nas letras é dissipado por essa leveza.
Em sintonia com o espírito solar do disco, Marcelo Camelo orquestra com suavidade as cordas ouvidas em Quanto tempo, canção de Marisa com Pedro Baby e Pretinho da Serrinha.
Mesmo soando dèjá vu, o disco tem frescor, evidenciado no sopro da flauta de Melanie Charles sobre a suave cama percussiva que embala Praia Vermelha, música envolvente que marca a retomada da parceria de Marisa com Nando Reis, compositor até então ausente da discografia de estúdio da cantora desde o álbum Infinito particular (2006).
Segunda das três parcerias de Marisa com os irmãos Lúcio Silva e Lucas Silva, a apaixonada balada Totalmente seu também sobressai no disco, mesmo sem atingir o nível sublime da primeira, Noturno (Nada de novo na noite), lançada há cinco anos no álbum Silva canta Marisa (2016) em gravação feita com a participação da cantora. É o toque do piano de Silva que conduz o arranjo de Totalmente seu.
Parceria de Marisa com Arnaldo Antunes, Vagalumes tem letra que é pura poesia (quase) concreta do titã tribalista. O arranjo evoca com sutileza um clima de fado.
Samba que poderia ter figurado no álbum Universo ao meu redor (2006), dedicado por Marisa ao gênero, Elegante amanhecer exalta a Portela enquanto emula a cadência nobre da obra dos bambas da velha guarda da agremiação carnavalesca carioca, à qual Marisa é ligada pela herança do pai, Carlos Monte, de longa atuação na direção da escola. Parceiro de Marisa na criação do samba, o bamba imperial Pretinho da Serrinha toca as percussões da faixa.
Fechando Portas, Pra melhorar – música composta e gravada por Marisa com Seu Jorge e com Flor, filha do artista – se impõe ao fim do álbum como um dos grandes possíveis hits do disco. Turbinada com o vocal soul de Flor, Pra melhorar é música que tem tudo para ganhar coro de multidões quando voltarem os shows presenciais.
Pra melhorar é sopro forte de esperança de dias melhores. Um alento que reforça a sensação de que, em essência, ao voltar ao disco, Marisa Monte refaz crônicas e declarações de amor e esperança na requintada atmosfera dèjà vu do álbum Portas." Mauro Ferreira (g1.globo.com, 01.07.2021)

Temas

CD 1
01
Portas
Marisa Monte - Arnaldo Antunes - Dadi Carvalho
02
Calma
Marisa Monte - Chico Brown
03
Déjà vu
Marisa Monte - Chico Brown
04
Quanto tempo
Marisa Monte - Pretinho da Serrinha - Pedro Baby
05
Medo do perigo
Marisa Monte - Chico Brown
06
A língua dos animais
Arnaldo Antunes - Marisa Monte - Dadi Carvalho
07
Praia vermelha
Marisa Monte - Nando Reis
08
Totalmente seu
Marisa Monte - Lucas Silva - Lúcio Silva
09
Em qualquer tom
Marisa Monte - Chico Brown
10
Espaçonaves
Marcelo Camelo
11
Fazendo cena
Marisa Monte - Chico Brown
12
Sal
Marisa Monte - Marcelo Camelo
13
Vagalumes
Marisa Monte - Arnaldo Antunes
14
Vento sardo
Marisa Monte - Jorge Drexler
15
Elegante amanhecer
Marisa Monte - Pretinho da Serrinha
16
Você não liga
Marisa Monte - Marcelo Camelo
17
Pra melhorar
Marisa Monte - Seu Jorge - Flor