Suscripción Newsletter

Recibe noticias y avisos de promociones especiales

A pegada agora é essa (The sway now)

Antonio Neves
Discos: Jazz fusión

Disponible

16,62 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Far Out
Estilo Jazz fusión
Año de Edición Original 2021
Instrumental

Más

Antonio Neves (trombón, batería, guitarra, voz)

Eduardo Neves (flauta), Joana Queiroz (clarinete bajo), Eduardo Santana (trompeta), Eduardo Farias (piano), Luiz Otávio (piano eléctrico), Gus Levy (guitarra eléctrica), Alberto Continentino y André Vasconcellos (contrabajo), Marcelo Costa, Roque Miguel, Thiago da Serrinha, Marcos Alcides Filho, Filipe Castro y Lucas Videla (percusión), Marcos Alcides “Esguleba” (percusión, voz), José Castro, Rudah Guedes, Eduardo Santana, Antonio de Moraes Neves, Gus Levy y Gabriel Ballesté (coros).

Participación especial de: Leo Gandelman (saxo alto), Hamilton de Holanda (bandolim), Alice Caymmi (voz), Ana Frango Elétrico (voz), Leda (voz).

Segundo álbum del talentoso multiinstrumentista (trombonista, baterista, tecladista,...) y también cantante, arreglista y compositor carioca, hijo del saxofonista y flautista Eduardo Neves. Interpreta sus composiciones y algunos standards rodeado por músicos con los que ha colaborado en su todavia relativamente corta trayectoria profesional., como la polifacética Ana Frango Elétrico, para quien hizo los arreglos de su segundo ábum "Little electric chicken heart" (2019), que fue candidato al Grammy Latino, entre otros prestigiosos premios.

"Além de ter arranjado o álbum de Ana Frango Elétrico “Little Electric Chicken Heart”, Antonio já gravou nos álbuns “Jobim, Orquestra e Convidados”, com Mário Adnet e Paulo Jobim, e “Elza Soares Canta e Chora Lupi” (Foto: Lucas Vaz/Divulgação)
O disco “A pegada agora é essa (The sway now)” está enraizado no Rio de Janeiro onde nasceu e cresceu o arranjador e multi-instrumentista Antonio Neves, 30 anos. Mais precisamente na correria peculiar carioca, na “agulhação”. “A galera aqui sabe o que é estar agulhado”, brinca Antonio. “É como se estivesse com pressa para chegar a determinado lugar para onde só há dois caminhos, e o Rio de Janeiro está uma zona do caramba.” Lançado pelo selo britânico Far Out Recordings em fevereiro, o álbum é o segundo do músico, que, em 2017, havia lançado “Pa 7”, pela Rock It. “A pegada agora é essa” tem as participações de nomes como o percussionista Marcos Esguleba, das cantoras Alice Caymmi e Ana Frango Elétrico, do bandolinista Hamilton de Holanda e dos saxofonistas Leo Gandelman e Eduardo Neves, pai de Antonio.
Embora a principal influência de Antonio seja a música instrumental, o álbum é uma amálgama entre jazz e ritmos tradicionalmente ligados à MPB, o que o isenta de qualquer sonoridade ortodoxa. “É até difícil falar qual seria o estilo… eu ouvi muito jazz por causa do meu pai, então, com certeza, é uma das minhas influências. O próprio movimento de ter colocado piano e baixo acústicos já o aproxima do jazz. Mas eu brinco que é uma coisa meio funk carioca jazzístico psicodélico. Há muitas influências, como o próprio funk carioca, samba partido-alto e afrobeat. Cada faixa tem uma cara”, afirma Antonio. Das oito músicas do disco, apenas três não são de composição própria: “Noite de temporal”, de Dorival Caymmi; “Luz negra”, de Nelson Cavaquinho e Amâncio Cardoso; e “Summertime”, de George Gershwin.
O disco é indissociável das participações especiais, porque foi justamente a partir da ideia de reunir os amigos que o trabalho foi concebido ainda em 2018. “Eu já estava a fim de gravar um novo disco, já tinha a ideia na cabeça”, conta. “Mas, certa noite, eu assisti despretensiosamente ao documentário ‘Quincy’ (2018), sobre o (produtor norte-americano) Quincy Jones, e não consegui dormir, porque a história do cara é muito bizarra. Fiquei fascinado com a maneira como o mostraram produzindo no estúdio, convidando os amigos que queria.” Quando se deu conta que poderia reunir os amigos que fez na cena musical, Antonio então, já no dia seguinte, colocou no papel todos aqueles que poderia convidar.
Dobradinha entre Ana Frango Elétrico e Antonio Neves se repetiu em “A pegada agora é essa” após a cantora interpretar “Luz negra”, de Nelson Cavaquinho e Amâncio Cardoso (Foto: Lucas Vaz/Divulgação)
À época, relembra, utilizava muito o jargão “a pegada agora é essa” em conversas com os amigos e que, no final das contas, dá o nome ao novo álbum. Antonio começou primeiro pela base, ligando para baixistas e pianistas, e, depois, percussionistas. Ele mesmo gravou a bateria. As músicas selecionadas, por sua vez, seriam gravadas independentemente das participações especiais, já que Antonio as tocava durante os shows em que divulgava o primeiro álbum. “Noite temporal” só poderia ser interpretada por Alice Caymmi, diz, já que a composição é de Dorival. Para “Luz negra”, Ana Frango Elétrico, porque seria inusitado Ana interpretar uma música de Nelson Cavaquinho, explica Antonio. “A Ana Frango Elétrico já estava fazendo a arte do disco, dos singles, então a convidei. A princípio, ela estava receosa, porque nunca tinha cantado a música, mas embarcou.”
Na faixa “A pegada agora é essa”, o percussionista Marcos Esguleba, há mais de 40 anos à frente da bateria da Unidos da Tijuca, deu irreverência com várias intervenções de voz. Em “Forte apache”, a princípio, o convidado foi o músico Thiago da Serrinha, percussionista de Hamilton de Holanda, que propôs a Antonio Neves o nome do próprio Hamilton. Os saxofonistas Leo Gandelman, “um irmão mais velho”, e Eduardo Neves, pai de Antonio, gravaram, respectivamente, “Lamento de um perplexo” e “Jongo no feudo”.
No entanto, uma das participações mais especiais foi a de Leda, logo na primeira faixa do álbum, “Simba”. “Ela foi quem me criou praticamente, porque trabalhava na casa da minha avó, me viu nascer. Foi uma participação afetiva. Foi engraçado vê-la no estúdio, porque nunca tinha gravado nada. Ela fez tudo no freestyle. Eu dizia que determinado trecho era para simular uma briga, outro um ‘vamos nessa’. Casou muito com a proposta da música.” Apenas “Summertime” não teve participação. “Tentei convidar alguém, mas, como é inglês, ficou difícil, e já estava no prazo para entregar o disco, então eu mesmo cantei”, detalha.
Ao contrário do álbum “Pa 7”, “A pegada agora é essa” sai pelo selo britânico Far Out Recordings, negociações intermediadas pelo parceiro e produtor executivo do disco Santiago Perlingeiro. “Mandamos três singles pra eles. Gostaram bastante, então se animaram a lançar”, relata Antonio. “Achei que seria uma boa oportunidade, porque, apesar de o disco ter muitas participações e vozes, eu venho mais do instrumental, e a repercussão da cena é meio difícil quando lançamos um trabalho aqui (no Brasil). Pensei que seria uma boa estratégia para a divulgação lançar lá fora.” O primeiro álbum da carreira não chegou a ser muito ouvido lá fora, afirma. “Ficou muito restrito à bolha da galera do Rio de Janeiro.”
Para o multi-instrumentista, a cena instrumental no Brasil é devagar, o que atribui a um certo abandono. “Se botamos uma galera para tocar instrumental na rua, o público vai ficar em volta, a parada vai virar um evento e todos vão gostar. Só que o público não sabe que gosta, porque não tem muito acesso, não fala muito nos nomes das pessoas da cena instrumental. Há milhares de nomes. Pouca gente conhece, sei lá, Rosinha de Valença. A galera vai até Baden Powell apenas.” Antonio acredita que o problema está na ausência da música no currículo escolar. “Em vários países, as pessoas têm acesso às big bands das escolas. Vários países, não só de primeiro mundo. A Venezuela é um caso. Acho que há um déficit na educação musical mesmo, de ter acesso a instrumentos.” Gabriel Ferreira Borges (Tribuna de Minas, 10.03.2021)

"From samba and bossa nova through to baile funk, with carioca expressions of jazz, rock and hip hop in between, the sound of Rio de Janeiro, while continually evolving, has always held an unnameable quality which reflects the magic and mystique of the city itself. Multi-instrumentalist and arranger Antonio Neves is the city’s newest trailblazer: the enfant-terrible of Rio’s music scene, leading a vital and diverse constellation of both emerging and well-known artists advancing the city’s musical legacy.
“It all started one sleepless night, after watching a Quincy Jones documentary”. Inspired by the legendary music magnate, Neves began writing a list of artists residing in Rio de Janeiro “people that I admire, that I consider geniuses of their instruments, who share with me affinities, anxieties and projects.” The list included some of Brazil’s most revered living musicians who Neves has worked with in recent years such as Hamilton de Holanda and Leo Gandelman. Neves also called on some of Brazil's most exciting emerging talents including Alice Caymmi and Ana Frango Eletrico.
A Pegada Agora É Essa (The Sway Now) is Neves’ second album: a vibrant portrait of the current Brazilian music scene. From the regional to universal, popular to erudite, samba to rap, Latin rhythms to jazz, MPB and pop to good old rock'n'roll, Neves walks with fluency and mastery amongst all the musical genres that Brazil has to offer.
“My offer to the musicians was complete freedom to express themselves through the songs I proposed – classics like “Summertime”, “Luz Negra” and “Noite de Temporal”, and compositions of my own – creating a space of authorship for the band and the guests. A space for inventions, purges, delusions, laughter. The idea was to bring the freedom of jazz crossed by Brazilian rhythms, such as the traditionals Partido Alto (A Pegada Agora É Essa) and Jongo (Jongo no Feudo and Luz Negra); rhythms of African-Brazilian religions like Candomblé (Noite de Temporal) and Umbanda (Forte Apache); and a tribute to newest Rio de Janeiro’s contribution to Brazilian music, the Funk Carioca (Simba)”.
Coming from a musical family, Antonio’s father, Eduardo Neves, was a renowned conductor and a professor at Juilliard School of Music and the California Jazz Conservatory. In the bohemian neighbourhood of Lapa, aged 14, Antonio began his career as a drummer, before experimenting with brass. He would soon become a skilled trombonist and arranger achieving the recognition of his teachers and peers. It wasn’t long before he would be playing with some of the biggest names in Brazilian music, such as Hamilton de Holanda, Leo Gandelman, Moreno Veloso, Kassin and Elza Soares.
His debut album as a trombonist was PA7 (2017, Rock It), released at the same time he was travelling the world playing with artists like Moreno Veloso, Kassin and Leo Gandelman, and recording the albums Jobim, Orquestra e Convidados (2017, Biscoito Fino), with Mário Adnet and Paulo Jobim; and Elza Soares Canta e Chora Lupi (2017, Coqueiro Verde Records). More recently, Neves was the arranger for the acclaimed Little Electric Chicken Heart album, by Ana Frango Elétrico, which has been nominated for a Latin Grammy and voted 2019’s ‘Brazilian Music Revelation’ by The Art Critics Association of São Paulo. "

Temas

CD 1
01
Simba
Antonio Neves
Antonio Neves & Leda
02:15
02
A pegada agora essa
Antonio Neves
Antonio Neves & Marcos Esguleba
04:19
03
Noite de temporal
Dorival Caymmi
Antonio Neves & Alice Caymmi
04:50
04
Luz negra
Nelson Cavaquinho - Amâncio Cardoso
Antonio Neves & Ana Frango Elétrico
04:12
05
Forte Apache
Antonio Neves
Antonio Neves & Hamilton de Holanda
05:55
06
Lamento de um perplexo
Antonio Neves
Antonio Neves & Leo Gandelman
05:03
07
Summertime
George Gershwin - Ira Gershwin
04:12
08
Jongo no feudo
Antonio Neves
Antonio Neves & Eduardo Neves
05:10