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I A R A

Iara Rennó
Discos: Pop / Electrónica

Disponible

14,95 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Jóia Moderna
Estilo Pop / Electrónica
Año de Edición Original 2013

Más

Iara Rennó (voz, guitarra eléctrica, arreglos, dirección)

Ricardo Dias Gomes (pocket piano, arreglos), Leo Monteiro (batería, percusión electrónica, ruidos, arreglos), Moreno Veloso (prato e faca, en "Milgramas")

Edición en formato Digipack.

"Iara Rennó continua inserida em mundo modernista cinco anos após lançar ambicioso primeiro álbum solo, Macunaíma Ópera Tupi (2008), enraizado nos conceitos da obra-prima do escritor paulista Mário de Andrade (1893 - 1945). Em I A R A, arejado disco que a gravadora Joia Moderna vai disponibilizar no iTunes a partir de 1º de novembro de 2013, a cantora e compositora paulista se permite absorver influências do modernista universo Cê sem diluir a personalidade de sua obra autoral. A produção de Moreno Veloso - provável arregimentador de músicos como o habitual baixista Ricardo Dias Gomes, recrutado para pilotar mini-sintetizador eletrônico em I A R A - faz ressoar ecos da estética Cê em alguns momentos do disco, como fica evidente na batida de Outros tantos (Iara Rennó), música também apresentada no álbum em versão mais crua e mais melódica, gravada somente com a guitarra tocada por Rennó. Só que a direção artística da própria Rennó - bem como o fato de a artista pilotar as guitarras e de assinar os arranjos ao lado de Leo Monteiro e de Ricardo Dias Gomes - conduz I A R A a um caminho próprio, impedindo que sua música seja meramente deglutida pelo universo musical de Moreno Veloso, o que anularia a individualidade da cantora. Se Seu José (Iara Rennó, Thor Madsen e Anders Hentze) soa como transamba ao narrar poeticamente o voo existencial da personagem-título que "sentiu coçar o calcanhar / Descolou do chão / Do asfalto se jogou no ar", Miligramas (Iara Rennó) - composição introduzida por batida tribal - mostra que a artista descende da nobre e transgressora linhagem de Itamar Assumpção (1949 - 2003), artista inquieto que certamente entenderia os códigos das experimentações, ruídos e dissonâncias que pautam Amor imenso (Iara Rennó e Thalma de Freitas) e Estribilho (Iara Rennó), faixas mais herméticas deste disco que dialoga bem com o indie rock, com a poesia concreta - conversa evidente já nos versos de Já era (Iara Rennó), a primeira das 12 faixas do disco - e com as emoções intensas da canção sentimental brasileira tachada de cafona pela elite intelectual à qual I A R A se direciona. Como bem conceitua o compositor paulista Romulo Fróes em texto escrito para apresentar o disco, tais emoções estão embutidas no samba-canção Arroz sem feijão (Iara Rennó), só que liquidificadas pela razão que rege o arranjo que evoca o som robótico do grupo alemão Kraftwerk, um dos pioneiros da música eletrônica. O silêncio que ecoa nos cantos do saboroso Arroz sem feijão desemboca, duas faixas depois, na melancolia ansiosa de Roendo as unhas (Paulinho da Viola, 1973), um outro ponto alto de I A R A por desconstruir sem pudor a elegância do samba torto de Paulinho da Viola para realçar as tensões do tema em clima de pós-punk. Na sequência, Ma voix (Iara Rennó) - música cantada em francês, como sugere seu título - evidencia os personalíssimos caminhos melódicos da obra de Rennó, cuja carreira fonográfica foi iniciada há dez anos com a edição de Composição (2003), primeiro dos dois álbuns do grupo paulistano DonaZica. Já The love (Iara Rennó, Tony Gordyn e Thalma de Freitas) - faixa bilíngue, cantada em inglês e em português, que representa quase um instante de luminosidade pop no disco - remete tanto às transas moderníssimas de Caetano Veloso nos anos 70 quanto às obras de Anelis Assumpção, Céu, Cibelle e outras companheiras de Rennó nessa geração pop contemporânea que tem atravessado fronteiras a partir da cidade de São Paulo. Fechando o álbum, Elegbara (Iara Rennó) desencava a raiz afro embutida nessa macunaímica ópera tupiniquim que ora rege I A R A sob a batuta modernista de Moreno Veloso." Mauro Ferreira (Blog Notas Musicais, 30.10.2013)

Temas

CD 1
01
Já era
Iara Rennó
02
Seu José
Iara Rennó - Thor Madsen - Anders Hentze
03
Outros tantos (intro)
Iara Rennó
04
Outros tantos
Iara Rennó
05
Arroz sem feijão
Iara Rennó
06
Miligramas
Iara Rennó
07
Roendo as unhas
Paulinho da Viola
08
Ma voix
Iara Rennó
09
Amor imenso
Iara Rennó - Thalma de Freitas
10
Estribilho
Iara Rennó
11
The love
Iara Rennó - Tony Gordun - Thalma de Freitas
12
Elegrara (bonus)
Iara Rennó