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Ivone rara - 100 anos da Dona do samba

João Cavalcanti
Discos: MPB / Samba

Disponible

20,38 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello MP,B
Estilo MPB / Samba
Año de Edición Original 2022

Más

João Cavalcanti (voz)

Marcelo Caldi (acordeón, coros, arreglos, dirección), Claudia Elizeu (piano, coros) Wanessa Dourado (violín, rabeca, coros), Adriana Holtz (cello, coros)

Edición en formato Digipack.

En su tercer álbúm individual, el cantante y compositor carioca João Cavalcanti de Albuquerque Pimentel (Rio de Janeiro, RJ, 1980) (hijo del también cantante y compositor Lenine), exvocalista del grupo Casuarina, pone en valor el aspecto melódico de la obra de la gran dama del samba Dona Ivone Lara (1922 - 2018) en un original formato en clima camerístico, con arreglos y bajo la dirección del acordeonista Marcelo Caldi.

"Compositora carioca dona de melodias requintadas e contracantos celestiais, criados intuitivamente e muitas vezes no improviso, Ivone Lara (13 de abril de 1922 – 16 de abril de 2018) deixou obra enraizada nas quadras e terreiros em que brota o samba da melhor qualidade.
Tirar o cancioneiro da compositora da roda é tarefa arriscada porque é fácil resvalar no exotismo puro e simples. João Cavalcanti escapou desse risco ao confiar a direção musical e os arranjos do álbum Ivone Rara – 100 anos da dona do samba ao acordeonista Marcelo Caldi.
Sob a direção artística do próprio Cavalcanti, cantor e compositor carioca projetado nos anos 2000 como vocalista do grupo de samba Casuarina, Caldi insere o cancioneiro de Dona Ivone Lara em outros universos musicais ao longo deste disco que reapresenta 22 composições da artista centenária ao longo de 15 faixas.
O toque da sanfona na abertura do álbum já chama o ouvinte para fora da roda do samba enquanto, segundos depois, o fraseado serelepe do piano de Claudia Elizeu remete aos sons dos salões imperiais em que se ouvia polcas e os chamados tangos brasileiros. É nesse ambiente que Cavalcanti entrelaça Alguém me avisou (1980) e Menino brasileiro (Ivone Lara e Rildo Hora, 1985), composição até então esquecida em álbum de menor repercussão na discografia da artista.
Na sequência, Canto do meu viver (Ivone Lara e Delcio Carvalho, 1997) tem a melodia acentuada em belo registro mergulhado em atmosfera de suíte sinfônica em que emerge Sereia Guiomar (Ivone Lara e Delcio Carvalho, 1981) quase como citação na faixa.
A formação do quarteto arregimentado para o disco Ivone rara – Adriana Holtz (violoncelo), Claudia Elizeu (piano), Marcelo Caldi (sanfona) e Wanessa Dourado (violino e rabeca) – favorece a ambiência de câmara em que o solista arrisca registros vocais mais intensos na interpretação de Nasci para sonhar e cantar (Ivone Lara e Delcio Carvalho, 1982) em contraponto à delicadeza da composição.
Entre a melancolia que anima o espírito d'O trovador (Ivone Lara e Delcio Carvalho, 2004) e a alegria que rege Nos combates da vida (Ivone Lara e Delcio Carvalho, 1983) quase em clima de forrobodó, o álbum evoca a cadência do samba em Sem cavaco não (Ivone Lara e Mano Décio da Viola, 1970) – por se tratar de exaltação do gênero – na mesma faixa que desenvolve Enredo do meu samba (Ivone Lara e Delcio Carvalho, 1983) em salão erudito.
Disco idealizado para celebrar o centenário de nascimento da artista, tendo sido gravado em março deste ano de 2022 por Diogo Guedes e Thiago Baggio no Estúdio Gargolândia (Alambari – SP), o álbum Ivone rara soa mais interessante quando combina músicas em suítes – Coração, por que choras? (1982), Liberdade (Ivone Lara e Delcio Carvalho, 1977) e Minha liberdade (Ivone Lara e Delcio Carvalho, 1976) integram “suíte romântica” na concepção de Cavalcanti – do que nas faixas em que o cantor se debruça somente sobre uma música, casos de Resignação (Ivone Lara e Hélio dos Santos, 1981) e Doces recordações (Ivone Lara e Delcio Carvalho, 1985). É que falta ao solista aquele algo mais que o diferencie na multidão de intérpretes.
E, por mais que o arranjo de Alvorecer (Ivone Lara e Delcio Carvalho 1974) soe inventivo, fica difícil esquecer o canto luminoso de Clara Nunes (1942 – 1983), intérprete original desse samba que expõe com maestria o lirismo que pautou a parceria da compositora com Delcio Carvalho (1939 – 2013).
Embalada em cordas e apresentada em julho como segundo single do álbum Ivone rara, a gravação de Sonho meu (Ivone Lara e Delcio Carvalho, 1978) exemplifica a proeminência dos arranjos na arquitetura do disco lançado em 26 de agosto.
Como os arranjos (e o canto do solista) foram postos a serviço do requinte melódico da obra da compositora, o resultado é disco reverente – dentro de certa ousadia – que chega ao mundo dez anos após o promissor Placebo (2012), o primeiro e por ora único álbum solo autoral da discografia de João Cavalcanti. São bonitas as flores entregues pelo cantor a Ivone Lara além da vida." Mauro Ferreira (g1.globo.com, 05.09.2022)

Temas

CD 1
01
Alguém me avisou / Menino brasileiro
Ivone Lara / Ivone Lara - Rildo Hora
02
Canto do meu viver / Sereia Guiomar
Ivone Lara - Délcio Carvalho
03
O trovador
Ivone Lara - Délcio Carvalho
04
Nasci para sonhar e cantar
Ivone Lara - Délcio Carvalho
05
Nos combates desta vida
Ivone Lara - Délcio Carvalho
06
Sem cavaco não / Enredo do meu samba
Mano Décio - Ivone Lara / Jorge Aragão - Ivone Lara
07
Doces recordações
Délcio Carvalho - Ivone Lara
08
Tendência
Ivone Lara - Jorge Aragão
09
Coração, por que choras? / Liberdade / Minha verdade
Ivone Lara / Ivone Lara - Délcio Carvalho / Ivone Lara - Délcio Carvalho
10
Resignação
Hélio dos Santos - Ivone Lara
11
Dizer não pro adeus / Adeus à solidão
Ivone Lara - Bruno Castro - Luiz Carlos da Vila / Ivone Lara - Délcio Carvalho
12
Alvorecer
Ivone Lara - Délcio Carvalho
13
Samba de roda pra Salvador / Acreditar
Ivone Lara / Ivone Lara - Délcio Carvalho
14
Sonho meu
Ivone Lara - Délcio Carvalho
15
Mas quem disse que eu te esqueço?
Ivone Lara - Hermínio Bello de Carvalho