Suscripción Newsletter

Recibe noticias y avisos de promociones especiales

Quando a noite vem

Zé Renato
Discos: MPB

Próximamente disponible

20,38 € impuestos inc.

Ficha técnica Discos

Sello Biscoito Fino
Estilo MPB
Año de Edición Original 2023

Más

Zé Renato (voz)

Dirceu Leite y Carlos Malta (flauta), Ricardo Pontes (saxo alto), Rui Alvim (clarinete), Aquiles Moraes (trompeta, flughelhorn), Cristóvão Bastos (piano, arreglos), Vanessa Rodrigues (órgano), Dori Caymmi (guitarra acústica, arreglos), Pedro Sá (guitarra eléctrica),Bernardo Couto (guitarra portuguesa), Jaques Morelenbaum (cello, arreglos), Jorge Helder (bajo), Marcelo Costa (batería) y St Petersburg Studio Orchestra.

Participación especial de: Céu (voz).

Edición en formato Digipack.

"Quando a noite vem é título atípico na discografia solo de Zé Renato, iniciada há 41 anos com a edição do LP A fonte da vida (1982).
Na carreira fonográfica pavimentada paralelamente à atuação como integrante do ora desativado quarteto Boca Livre, o cantor, compositor, músico e arranjo capixaba – de vivência e alma musical cariocas – sempre alternou discos autorais com songbooks com os repertórios de artistas geralmente associados ao samba e ao samba-canção, como Silvio Caldas (1908 – 1998), Zé Kétti (1921 – 1999), Noel Rosa (1910 – 1937), Chico Buarque e, mais recentemente, Paulinho da Viola – cuja obra interiorizada gerou um dos álbuns mais belos de Zé Renato, O amor é um segredo (2019) – e Orlando Silva (1915 – 1978).
Em Quando a noite vem, disco gravado pelo cantor sob a direção artística da atriz, diretora e produtora Patrícia Pillar, Zé Renato personifica o crooner romântico ao dar voz a um repertório poliglota que combina músicas em português, inglês, espanhol e italiano.
O romantismo de Quando a noite vem soa maturado, sem as (des)ilusões juvenis do cancioneiro da Jovem Guarda, mote de um dos melhores álbuns do cantor, É tempo de amar (2008), mas traz a dose de sofrência inevitável em todos os estágios e tempos do amor.
Na contramão da exteriorização do canto de crooners como o canadense Michael Bublé e o carioca Márcio Gomes, Zé Renato destila elegância na atmosfera íntima e noturna de disco que evoca o escurinho das boates, celeiros do samba-canção dos anos 1940 e 1950, sobretudo na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
É nesse universo que Zé Renato ambienta, por exemplo, I can't stop loving you (Don Gibson, 1958), música que o mundo conheceu a partir de 1962 na voz do cantor norte-americano Ray Charles (1930 – 2004).
Sob o prisma musical, Quando a noite vem pode ser entendido como álbum autoral, já que, além de cantar, Zé Renato assina os arranjos de sete das nove faixas.
O violoncelista Jaques Morelenbaum arranjou a já conhecida abordagem de Suave é a noite (Tender is the night – Sammy Fain e Paul Francis Webster, 1961, em versão em português de Nazareno de Brito, 1962), single que sinalizou em janeiro o requinte do disco, enquanto Dori Caymmi orquestrou o bolero Esta tarde vi llover (Armando Manzanero, 1961). As cordas da St Petersburg Studio Orchestra revestem esse bolero mexicano, amplificado no Brasil em 1979 por gravação de Roberto Carlos.
As nove músicas do álbum Quando a noite vem têm procedências diversas, mas são irmanadas pelo canto mavioso de Zé Renato, terno no registro do xote Seu olhar não mente (Nanado Alves e Ilmar Cavalcanti, 2000), sucesso do cantor paraibano Flávio José que Zé rebobina em dueto com a paulistana Céu (menos sedutora quando sai do próprio universo musical), e melancólico no ponto certo ao dar voz ao samba-canção Bom dia, tristeza (Adoniran Barbosa e Vinicius de Moraes, 1957), faixa que embute o toque da guitarra de Pedro Sá, músico de outro tempo e galáxia.
E por falar em guitarra, a guitarra portuguesa de Bernardo Couto – captada no estúdio Sons d’Encanto, em Lisboa – faz a diferença na gravação de Encantado (Nature boy – Eden Ahbez, 1948, em versão em português de Caetano Veloso, 1979), canção de aura gay associada no Brasil à voz de Ney Matogrosso.
Achado do repertório, selecionado por Zé com Patrícia Pillar, a tristonha Cantiga de quem está só (Jair Amorim e Evaldo Gouveia, 1960) – gravada por cantores como Agostinho dos Santos (1932 – 1973) e Hebe Camargo (1929 – 2012) – exemplifica o requinte das interpretações de Zé Renato neste disco que enquadra até o tema cinematográfico italiano Arrivederci Roma (Renato Rascel, Pietro Garinei e Sandro Giovannini, 1957) na moldura do samba-canção, com direito a sopros orquestrados pelo pianista Cristovão Bastos.
Por outro lado, o arranjo mais conciso da canção Nenhuma dor (Caetano Veloso e Torquato Neto, 1967) ressalta que o canto de Zé Renato precisa de pouco para brilhar com toda a maviosidade quando a noite vem." Mauro Ferreira (g1.globo.com, 10.03.2023)

Temas

CD 1
01
I can't stop loving you
Don Gibson
02
Suave é a noite (Tender Is the night)
Sammy Fain - Paul Francis Webster (Vers. Nazareno de Brito)
03
Bom dia tristeza
Adoniran Barbosa - Vinicius de Moraes
04
Seu olhar não mente
Nanado Alves - Ilmar Cavalcanti
Zé Renato & Céu
05
Encantado (Nature boy)
Eden Ahbez (Vers. Caetano Veloso)
06
Esta tarde vi llover
Armando Manzanero
07
Cantiga de quem está só
Jair Amorim - Evaldo Gouveia
08
Arrivederci Roma
Renato Rascel - Pietro Garinei - Sandro Giovannini
09
Nenhuma dor
Caetano Veloso