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História sexual da MPB

Rodrigo Faour
Libros: Música

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44,90 € impuestos inc.

Ficha técnica Libros

Editorial Record
Estilo Música
Año de Edición Original 2006

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4ª edición 2011 - 642 páginas (18 x 23 cm, ilustrado en color) (Peso: 1275 g)

"Este livro apresenta um estudo inédito sobre música e comportamento nas letras e danças do cancioneiro popular brasileiro desde o século XVIII aos dias atuais, com enfoque nos temas de amor e sexo. Os capítulos passeiam pela vocação de boa parte de nossa música do passado para a tristeza amorosa e a dor-de-cotovelo; pela evolução da mulher, da sensualidade e da homossexualidade em nossa sociedade refletida em canções; duplo sentido e transgressões em geral nestes temas, e uma análise do impacto causado na elite bem pensante do país pela dança do maxixe na virada para o XX e do funk carioca no início do século XXI.
Este livro apresenta ainda 64 páginas ilustradas mostrando esta evolução de comportamento afetiva e sexual do brasileiro em capas de discos nacionais. Também acompanha uma farta discografia organizada por tópicos temáticos. A quarta capa é assinada pelo jornalista e escritor Ruy Castro, a orelha pelo pesquisador Jairo Severiano e o prefácio pela sexóloga Regina Navarro Lins."

"Depois de biografia chapa branca do ídolo Cauby Peixoto, em que omitiu diplomaticamente até mesmo a data de nascimento do artista perfilado, o jornalista e pesquisador Rodrigo Faour dá sua primeira real contribuição à bibliografia musical brasileira com este inventário afetivo e sexual da canção nacional. Em quase 600 páginas, o autor carioca monta o painel evolutivo do cancioneiro em relação às abordagens de amor e sexo na MPB.Ponto g do livro, a monumental pesquisa de Faour sobre o tema o redime do texto eventualmente gorduroso e de alguns bobocas comentários exclamativos feitos após a publicação de trechos das letras. O inventário começa ainda no século 18 -com a análise de letras de Domingos Caldas Barbosa (1740 - 1800), compositor de modinhas e lundus de grande popularidade em sua época- e chega aos dias atuais com a radiografia das letras (erotizadas) dos funks.Faour mostra como a mulher -geralmente retratada nas músicas sob ótica machista e negativa até meados dos anos 50- somente teve suavizado seu perfil a partir do advento da Bossa Nova, com a projeção de letristas como Ronaldo Bôscoli. O comportamento patriarcal era padrão tão enraizado na sociedade que até mesmo compositores de cabeça em tese mais arejada, como Vinicius de Moraes, demoraram para se livrar desse jugo machista em seus versos. Joyce -uma das entrevistadas do livro- não foge à luta feminista na canção brasileira (da qual foi pioneira) e, sem rancor e com razão, cunha como machista boa parte da obra do Poetinha.Ao relatar a história sexual da música brasileira, Faour lembra que nem mesmo a moderninha Jovem Guarda, dona de suposta rebeldia, deixou de ver a mulher como um mero objeto do prazer masculino, ainda que uma ou outra garota papo firme, como Wanderléa, já ensaiasse um discurso autônomo em músicas como Prova de Fogo. A rigor, a postura verdadeiramente libertária somente chegaria nos anos 70 -quando onda de erotismo levou a música brasileira por caminhos nunca antes navegados de forma tão explícita- e desabrocharia na década de 80 quando o pop rock deu um novo colorido à cena pop com visão desencanada do sexo.Entre depoimentos de artistas como Chico Buarque (mestre na escrita de letras sob ótica feminina) e Simone, que contesta qualquer ação premeditada na gravação de sucessivas músicas sensuais entre o fim dos anos 70 e início dos 80, em discurso bem parecido com o de Maria Bethânia, Faour reproduz letras que vão sinalizando uma (gradual) mudança de mentalidade da sociedade. Sem preconceitos, o autor ensaia defesa do funk - cujas letras mais sexistas, sobretudo as de Tati Quebra-Barraco, vem sofrendo patrulhamento similar ao ocorrido com o maxixe no começo do século 20 - e historia as letras de duplo sentido, matéria-prima de muitos forrós sacanas. Há ainda capítulo dedicado às canções de amor homossexual, que, após anos de invisibilidade e de versos apenas sugeridos (a exemplo de algumas músicas de Johnny Alf), começaram a sair do armário a partir dos anos 70, sobretudo em discos de Ângela RoRo (primeira e única cantora a assumir sem subterfúgios sua homossexualidade) e, claro, de Ney Matogrosso.
Por conta da pesquisa ampla, geral e irrestrita, História Sexual da MPB - A Evolução do Amor e do Sexo na Canção Brasileira é livro que ajuda a compreender os mecanismos da sociedade através da análise da música produzida em um país tão libertino quanto hipócrita. E, por isso mesmo, sempre tão sexual." Mauro Ferreira