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Hotel Universo - A poética de Ronaldo Bastos

Marcos Lacerda
Libros: Música

Próximamente disponible

20,91 € impuestos inc.

Ficha técnica Libros

Editorial Azougue Editorial / Oca
Estilo Música
Año de Edición Original 2019

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172 páginas (14 x 21) (Peso: 225 g)

"A partir de 1972, o trilho da música brasileira passa necessariamente pela poética do compositor Ronaldo Bastos, relevante e inspirado letrista de canções.
Poeta fluminense associado ao clube mineiro fundado por Milton Nascimento no alvorecer da década de 1970, o autor dos versos das canções Cais (1972) e Nada será como antes (1971) – entre outros standards já atemporais – adquiriu livre trânsito entre várias das muitas esquinas que dão na miscigenada música do Brasil.
Bastos é parceiro de Milton, Beto Guedes, Lô Borges, Flávio Venturini, Toninho Horta e Fernando Brant (1946 – 2015). E também de Lulu Santos, mago brasileiro do pop oitentista, e de Celso Fonseca.
Escrito pelo sociólogo paulistano Marcos Lacerda, o livro ensaia o esmiuçamento da obra do compositor através da análise de signos, símbolos, sentimentos e sentidos impresso nas letras.
Embora a fruição do texto seja por vezes cansativa, o livro escapa do academicismo. A linguagem é acertadamente (quase) acessível como boa letra de canção popular.
Nas dependências de Hotel Universo, Lacerda compartimenta a obra de Bastos em cinco capítulos um tanto vagos – A política e a poética da canção, A claridade do belo, O sentimento do mundo, A eternidade e o efêmero e O mistério da canção – que, no entender do ensaísta, apontam variações na poesia do letrista.
Prefaciado por Antonio Cicero, outro refinado poeta da canção que ganhou projeção na década de 1970, o livro também apresenta interessante resenha do álbum Liebe paradiso (2011), título que sintetiza a obra assinada por Bastos com Celso Fonseca, o mais frequente e mais importante parceiro do poeta dos anos 1990 em diante, em conexão evidenciada a partir de 1985 com a gravação da canção Sorte na vozes de Caetano Veloso e Gal Costa.
Por mais louvável que seja (e é) a iniciativa de Marcos Lacerda, o livro Hotel Universo – batizado com nome de parceria de Bastos com Nelson Angelo, lançada em 1972 em disco de Angelo com Joyce Moreno – jamais "inventa um cais" ao dissecar o poeta. Até porque se nutre obviamente da razão na análise da poética desse letrista que recorreu diversas vezes ao sol para iluminar o sentido de versos de canções.
Sensorial pela própria natureza da escrita musical, a poesia de Bastos é passada pelo filtro da razão do sociólogo ensaísta e sai incólume das dependências de Hotel Universo porque se trata – cabe ressaltar novamente – da obra de um refinado poeta da canção popular." Mauro ferreira (g1.globo.com, 06.11.2019)