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De Camarões: Veredas de Mauricio Tizumba

Elias Gibran & Pedro Kalil
Libros: Música

Disponible

24,30 € impuestos inc.

Ficha técnica Libros

Editorial Nandvala
Estilo Música
Año de Edición Original 2018
Observaciones biografía

Más

224 páginas (18 x 25 cm, ilustrado en color) (Peso: 512 g)

"Mauricio Tizumba investigou de onde vieram seus ancestrais. Ao participar do Projeto Brasil: DNA África, descobriu a origem deles: Camarões. A descoberta reforçou o desejo de contar a própria trajetória, que permite, ao mesmo tempo, reconstituir a história da presença dos negros em Belo Horizonte, sobretudo o candomblé e o congado, bem como traçar a luta deles por visibilidade no cenário artístico da capital.
A trajetória do multiartista é traçada em biografia organizada por Elias Gibran e Pedro Kalil, que será lançada sexta-feira (31), em BH, com show de Tizumba e Sérgio Pererê.
Pedro Kalil explica que o propósito não foi esgotar a história artística do biografado. “Queríamos que o texto se parecesse com Tizumba”, diz. A ideia de biografemas, conceito de Roland Barthes, permite que sejam apresentados eventos e momentos pontuais que ajudam a interpretar o conjunto de fatos da vida de Tizumba e suas realizações artísticas. “Barthes dizia que a biografia não serve para explicar a obra do biografado, mas momentos da vida podem ser simbólicos do que representa a obra”, afirma.
Na infância, Tizumba participou de programas de calouros na TV Itacolomi. Começou a tocar cavaquinho aos 12 anos. O livro mostra sua trajetória como crooner em bares em Belo Horizonte e momentos emblemáticos, como o ocorrido em 1979, quando ele venceu o Festival de Música Popular Brasileira realizado em Ouro Preto. Cantor, compositor e percussionista, ele fez teatro e cinema. O livro traz letras de canções, fotos e o certificado de ancestralidade informando que o artista descende do povo masa, mafa e kotoko, de Camarões. Também mostra sua profunda relação com o congado.
Mauricio Tizumba. ator e músico: "É estranho escreverem um livro da gente. Já contei e recontei minha história. Resistia à ideia de escrever uma biografia. Mas, no decorrer da realização do documentário DNA África, descobri que era de Camarões. Gibran me chamou para fazermos o livro. Pensei que a gente não tem história. Rui Barbosa queimou todos os documentos sobre a nossa história para apagar a mancha negra. Vi que, nesse livro, poderia falar de negritude, umbanda, candomblé, sobre minha mãe, minha avó, congado.
No livro, é possível ver minhas fragilidades e dificuldades de expressar e falar das coisas. Por exemplo, responder a perguntas e entrevistas. Tinha receio de que soubessem que sou limitado. O livro começa do meio para frente. É todo colorido, não é uma biografia comum. Tem muitas fotos. Sou misturado: tudo na mesma hora e ao mesmo tempo. Me diziam para focar numa coisa pra dar certo na vida. Por isso, estou desse jeito. Nunca foquei (risos). Se tinha dinheiro para cantar, cantava. Se tinha dinheiro para dançar, dançava. Só não sou guardião do congado. Guardiões são os próprios congadeiros."" Márcia Maria Cruz (uai.com.br, 30.08.2018)